'Nem se compara aos anos anteriores. O lucro é de 100%', diz empreendedor no Réveillon Beira Rio 2024

Marcelo Correa veio do município de Santana para vender bebidas e drinks nos três dias de evento

Os três dias de Réveillon Beira Rio 2024, promovido pelo Governo do Amapá, vão ficar marcados na memória de quem foi curtir os shows e, especialmente, de quem aproveitou a oportunidade para empreender. Nesta segunda-feira, 1º de janeiro, no último dia de programação, muitos trabalhadores comemoram o sucesso de vendas.

Esse é o caso do Marcelo Correa, que veio do município de Santana para vender bebidas e drinks nos três dias de evento. Ele conta que logo no primeiro dia, no show do Carabao no sábado, 30, na Zona Norte de Macapá, já percebeu um aumento significativo do faturamento, uma prévia do que seria ao final do Réveillon. 

"Nem se compara aos anos anteriores. Esse ano superou todos os outros e conseguimos um lucro de 100% investido. Um sucesso pra iniciar 2024 com boas expectativas", ressalta, abrindo um sorriso.

Empreendedor há 20 anos, ele estima ter atendido mais de mil clientes só nesta segunda-feira, enquanto o palco recebia os shows do Negro de Nós, Tiee, Felipe Amorim e Mari Fernandez no Anfiteatro da Fortaleza de São José, na orla de Macapá.

"É uma alegria, porque a gente vai levar um dinheirinho pra casa, pois tem momento que até forma fila aqui. Os shows, a organização, tudo com segurança pra gente, foi um estouro", celebra, relatando ter recebido muitos elogios pelo bom serviço aos clientes.

No clima contagiante da chegada do ano novo, entre um show e outro, o público buscava repor as energias com alimentos e bebidas para se refrescar. E, é neste momento que os empreendedores entram em cena.

FOTOS: amapaenses celebram primeiro dia de 2024 no Réveillon Beira Rio às margens do Rio Amazonas

O amapaense Márcio Castro trabalha no segmento há 10 anos. Ele se preparou e investiu em uma variedade de produtos como sucos, água cerveja e energéticos, além das comidas típicas, sopa e carne na chapa. Para ele, o movimento dos eventos deu boas-vindas a 2024 com pé direito.

"É cansativo, mas é prazeroso trabalhar se divertindo com músicas que a gente gosta. Tudo está maravilhoso, uma festa linda que nunca vi antes. A gente que lida com o público e procura ofertar sempre um bom atendimento, capricha no manuseio, no tempero dos alimentos e na boa apresentação. Aqui o carro chefe é a carne na chapa, sai tudo. E, este ano as vendas no Réveillon triplicaram. Todos os dias a gente vendeu tudo", comemora Castro.

Para a vendedora de batatinha frita, Simone Lacerda, a expectativa também é dobrar o faturamento ao fim da festa. A renda sustenta a família ao longo de 30 dias.

"Esse dinheiro me ajuda muito, em uma noite de movimento as vendas chegam a R$ 3 a 4 mil. O lucro é para pagar as contas de janeiro, e talvez para dos meses seguintes também", planeja a empreendedora.

Variedades

Para fomentar ainda mais os empreededores do Réveillon Beira Rio, o Governo do Estado instalou 100 tendas no evento. Na praça de alimentação é possível encontrar de tudo um pouco: desde brinquedos, pula-pula, cama elástica, plataforma para fotos 360, bebidas e um vasto cardápio de pratos entre sopa, comidas típicas, carne na chapa e até sushi.

Riclei Ribeiro, 39 anos, trabalha com a gastronomia japonesa há 18 anos e trouxe para o evento uma opção degustativa que é muito procurada. Ele conta que a renda extra está garantida.

"A movimentação tem sido grande, estamos com muito clientes, as pessoas gostam e vem sempre a família toda e isso é muito bom para as nossas vendas", destaca Ribeiro.

Réveillon Beira Rio 2024

O Governo do Amapá é responsável pela estrutura de palcos, som e iluminação nos eventos de Macapá. Os demais investimentos são Ministério do Turismo, articulados pelo senador Davi Alcolumbre, e parceria do setor privado. A coordenação da programação é das secretarias de Estado da Cultura (Secult) e Turismo (Setur).

O retorno do Réveillon marca o novo momento do Amapá, que inclui a realização de grandes eventos nacionais, movimentando a economia, o turismo, a cultura e as produções locais. Segundo a Secretaria de Estado do Turismo (Setur) a expectativa é que, a cada R$ 1 investido, retorne de R$ 5 a R$ 7 para o estado.

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