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Pela primeira vez, Amapá integra mapa nacional de monitoramento de secas

Com as informações de recorte local, será possível realizar ações preventivas para amenizar os impactos causados por eventos climáticos adversos, como a estiagem de 2023.

Por Winicius Tavares
20/01/2024 16h26

Em 2023, o Amapá foi atingido pela estiagem severa, que impactou, principalmente, comunidades rurais

O Amapá passa a integrar, de forma inédita, o mapa nacional do programa ‘Monitor de Secas’, que reúne dados de todo o Brasil. Com as informações de recorte local, será possível realizar ações preventivas para amenizar os impactos causados por eventos climáticos adversos, como a estiagem de 2023. A integração do estado no programa começou em maio de 2023, com a adesão ao Pacto de Governança das Águas, assinado pelo governador Clécio Luís.

Com a publicação do mapa, o estado passa a monitorar a seca de leve à extrema. O marco representa o desdobramento da capacitação de agentes públicos estaduais e municipais realizada no final de 2023, em parceria entre Governo do Estado e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

ACESSE O MAPA AQUI

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) é responsável pela validação dos dados em todo estado. Para a coordenadora de gestão de Recursos Hídricos da pasta, Renatta Santos, a inserção do Amapá no mapa nacional é um marco histórico no avanço do monitoramento da seca no estado.

“Estamos participando de uma rede compartilhada de informações sobre a seca que já existe há mais de 10 anos, através de uma ferramenta que poderá subsidiar políticas públicas e tomadas de decisões que se referem ao enfrentamento de situações de crise como a estiagem severa no ano passado”, destaca Renatta.

O programa é uma ferramenta de monitoramento e não de previsão, que apresenta mapas com dados de seca relativos ao mês anterior à sua publicação. A primeira análise realizada foi referente ao mês de dezembro de 2023, onde foi identificada seca fraca com impactos de curto prazo no nordeste do estado, enquanto impactos mais duradouros foram percebidos na região sudoeste.

A integração do Amapá consolidou a participação dos 26 estados brasileiros e Distrito Federal no monitoramento de secas. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) é parceira do programa. Para o presidente da instituição, Eduardo Rodrigues, o país terá um instrumento único por meio do trabalho colaborativo de todos os estados.

“É a realização de um sonho que começou lá em 2012, quando a gente iniciou pela região Nordeste e foi gradualmente expandindo. É muito rica essa troca de experiências com os estados, porque cada local tem o seu olhar diferente de como a seca impacta. E a gente começa a perceber alguns produtos que não tínhamos pensado e que podem agregar no nosso dia a dia”, explica Rodrigues.

Além do Monitor de Secas, o Governo do Estado integra o Programa Qualiágua, que permite monitoramento dos principais corpos hídricos do Amapá e, assim, a elaboração de políticas para garantir a qualidade das águas.

Monitor de Secas

Nascido em 2014, o programa federal conta atualmente com a participação de mais de 50 instituições estaduais de todo o país. Sua área de atuação é dividida em três estados no bloco regional Nordeste, outros três no bloco Sul e Sudeste e dois no bloco Norte e Centro-Oeste.

Um de seus objetivos é integrar o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais para alcançar um entendimento comum sobre as condições de seca.

Com mais de 100 mapas publicados, o programa facilita a tradução das informações em ferramentas e produtos utilizados por instituições tomadoras de decisão, de modo a fortalecer os mecanismos de monitoramento, previsão e alerta precoce.

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