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Governo do Estado alcança 44 comunidades do Bailique com distribuição de 2,4 mil kits de alimentos e 40 mil litros de água

Ação humanitária segue até esta sexta-feira, 26, levando mantimentos para moradores impactados pela erosão e salinização do rio.

Por Winicius Tavares
25/01/2024 10h44

Paralelamente a ação humanitária, há avanços nos testes dos equipamentos para realizar a desalinização da água

O Governo do Amapá iniciou a distribuição dos mais de 2,4 mil kits de alimentos e 40 mil litros de água destinados para amenizar os efeitos das mudanças climáticas e fenômenos naturais que impactaram diretamente na produção e sustento dos moradores do arquipélago do Bailique, em Macapá. A programação que se estende até esta sexta-feira, 26, vai atender 44 comunidades da região. 

No início da semana foi realizada a atualização do cadastro das famílias em situação de vulnerabilidade social.  As regiões do Carneiro, Vila Progresso, Itamatatuba, Foz do Gurijuba e Arraiol são “bases” para atender outras comunidades ao redor, onde as equipes se dividem em embarcações menores para realizar a distribuição dos mantimentos.

O trabalho é coordenado pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) e Defesa Civil. Esta é a terceira grande entrega de mantimentos realizada pelo Governo do Estado no Bailique, que está presente no arquipélago realizando ações humanitárias periódicas.

A secretária de Assistência Social, Aline Gurgel, reforça que o objetivo da força-tarefa é atingir mães, agricultores, pescadores que estão impossibilitados de pescar, de trabalhar nas plantações por conta dos problemas graves, como a salinização dos rios e fenômeno de erosão, chamado de “Terras Caídas”, que o Bailique enfrenta há décadas. 

“É uma força-tarefa de todo o Governo de Estado que está presente aqui, de todas as secretarias que estão envolvidas e engajadas a cuidar das pessoas que moram mais distante. De forma inédita, nós estamos vindo em cada comunidade. Nós estamos aqui em Itamatatuba e vamos fazer a várias comunidades para alcançar as pessoas no seu lar, onde elas moram, que é essa é a nossa missão e do governador Clécio Luís”, ressalta.

Ao longo dos anos, a Caesa realizou várias ações na região. A primeira delas foi o cadastro na residência em todas as comunidades para a distribuição de caixas d'água de 2 mil litros a partir do momento em que houve o processo de salinização do Rio Amazonas. Semanalmente, são distribuídos 200 mil litros de água potável vindo em barcos de Macapá. 

O presidente da Caesa, Jorge Amanajás, conta que paralelamente à ação humanitária, há avanços nos testes dos equipamentos para realizar a dessalinização da água e resolver de forma definitiva o problema da água potável para a região.

“Já são três equipamentos que nós estamos testando e que estão instalados em algumas comunidades. Estamos na fase final dos testes e estamos otimistas. Esse equipamento funcionando corretamente, dentro dos padrões que nós precisamos, vamos disponibilizar para cada uma das comunidades. A determinação é que cada comunidade do Bailique tenha uma máquina de desalinização”, destaca Amanajas.

 

Dignidade e acessibilidade 

A moradora da Vila Progresso, Maria Luiza Cordeiro, de 58 anos, precisava comprar um galão de água mineral por dia, mas não tinha condições financeiras. Sendo a responsável por alimentar os filhos e cuidar dos netos, ela agradece a distribuição dos mantimentos que vai proporcionar mais segurança alimentar para a família.

“Eu agradeço a Deus e ao governador que tem mandado essa água para nós, que está dando certo. Os kits são bem-vindos e ajudam muito, porque a gente fica com a comida para a nossa família, então para mim é gratificante isso. Em nome do Bailique, eu moro aqui, nasci aqui e me criei aqui, local que amo e não pretendo sair”, relata a moradora.  

Residente na comunidade São Pedro do Curuá, Delma Brito, de 38 anos, conta que antes das ações humanitárias era necessário coletar água nos igarapés de comunidades distantes, com muita dificuldade logística e risco à integridade física.  

“Depois que chegou a água pra gente, melhorou muito.  A gente ia num catraio [tipo de embarcação] buscar água. Às vezes podia acontecer acidente, porque o igarapé era fechado. E agora a gente começou a receber água doce nas casas e as cestas também. Eu tenho que agradecer a toda a equipe do Governo do Estado”, celebra Delma.

Números 

Desde janeiro do ano passado, o Governo do Estado vem desenvolvendo esforços para garantir o acesso à água potável aos moradores do distrito de Bailique. A Caesa realizou um levantamento socioeconômico envolvendo quase 2 mil famílias de 38 comunidades do arquipélago. Cada uma delas foi atendida com caixas d'água com capacidade 2 mil litros de armazenamento de água doce.  

Para acompanhar mais de perto a realidade dos moradores, a Companhia implementou uma base na localidade, com escritório e equipes de pessoal, incluindo profissionais como operadores e encanadores. 

O espaço conta, ainda, com um laboratório e equipe técnica para análise da água no local, garantindo a qualidade do líquido que abastece a região. Foram distribuídos mais de 1,3 milhão de litros de água potável para 52 comunidades do arquipélago e para a Vila do Sucuriju, distrito do município do Amapá, que também enfrenta a salinização. 

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