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No Amapá, grupo acolhe e orienta mães durante a transição de gênero dos filhos

Trabalho conta com apoio do Núcleo de Acolhimento às Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI), do Governo do Amapá.

Por Redação
30/01/2024 10h00

Grupo ‘Mães Pela Diversidade’ reúne 20 mulheres que compartilham experiências

O grupo ’Mães Pela Diversidade’ reúne 20 integrantes para troca de experiências sobre o processo de transição de gênero dos filhos. O movimento é parceiro do Núcleo de Acolhimento às Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI), do Governo do Amapá

O ’Mães Pela Diversidade’, que ganhou destaque durante a Semana Estadual da Visibilidade Trans, oferece apoio para famílias que enfrentam desafios relacionados à orientação sexual. 

Entre as participantes do grupo, está a veterinária Luciana Valois, de 41 anos, mãe de um adolescente de 17 anos. Ela conta que o processo de transição de gênero de seu filho foi difícil, mas, hoje, o adolescente está muito feliz. 

Para Luciana, os pais devem ser compreensivos e ajudar os jovens a passarem por esse processo de forma tranquila e segura.

"Eu estou aqui para lutar pelo meu filho, pois eu acredito que o amor transborda, transforma e deve ser inclusivo. Jamais quero que meu filho vire estatística e, por isso, assim que eu soube da identidade dele, procurei dividir o assunto com outras mães, trocando experiências. A gente acaba vendo que sempre falta esse acolhimento aos jovens e optei por não ser assim com meu filho", afirmou Luciana.

Luciana participa do projeto há mais de um ano. Ela conta que apoiou a transição de gênero do filho desde o momento que iniciaram as conversas entre os dois. Aos 12 anos, a criança revelou que era um menino transgênero ao desenhar um coração e dar à mãe com a frase: "eu sou trans".

"Eu achava que era uma questão da adolescência, pois ele tinha vergonha do corpo, era retraído. Foi um desafio novo que eu dividi com minha irmã. Em 2017, eu assisti uma novela que retratava um homem trans e foi uma referência para mim. Ver como a mãe o tratava na novela partia meu coração. Assim eu decidi que apoiaria e o amaria”, afirma a veterinária.

Mais amor e carinho

As mães corajosas abraçam a causa com amor, incentivando uma mensagem de respeito e inclusão a mais pessoas. A professora Silvia Garcia, de 47 anos, também é participante da iniciativa. Ela conta que o projeto ajudou a entender o que a filha, de 17 anos, passava. 

“Sinto que esse grupo faz parte de mim, sendo uma segunda família. Ao saber que minha filha é uma menina trans, veio aquele sentimento de cuidado. Como os colegas, professores e outras pessoas podem tratar minha filha? Eu encontrei essas mães e nos apoiamos, e cuidamos umas das outras”, afirmou a mãe.

Silvia conta que, desde a infância, a filha sempre se identificava com roupas e outros acessórios femininos. Ao longo do tempo, a professora cita que sempre a observou sendo cada vez mais reservada e tímida, até que resolveram conversar e abrir o coração.

No AMA-LBTI, Silvia descobriu um refúgio, onde são bem vindos, e que há apoio a quem passa pela mesma fase.

"É um lugar que sempre está de braços abertos a qualquer pessoa, dando suporte aos filhos e como tratá-los com carinho, respeito e humanidade. Amar os filhos é um ato de amor”, afirmou a professora.

Semana da Visibilidade Trans

Durante a Semana Estadual da Visibilidade Trans, o Governo do Amapá promoveu serviços de cidadania, assistência jurídica, saúde e bem-estar para a comunidade transgênero, fortalecendo políticas públicas voltadas à igualdade de direitos oferecidas à população. 

Entre as ações disponíveis, estavam a aplicação de vacinas contra a Covid-19 e Influenza, além de sessões de atendimento psicológico, nutricional, médico e fisioterapêutico. 

A ação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres, com o tema: 'Transcendendo Barreiras: construindo um Amapá mais inclusivo'.

 

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