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'Ser militar sempre foi um sonho', conta policial da primeira turma da PM a admitir mulheres

Major Arminda ingressou na carreira em 1989. Corporação completa 80 anos em 2024, junto com o aniversário do Amapá.

Por Cristiane Nascimento
31/01/2024 08h00

'Era um lugar que só tinha homens, eles não estavam acostumados com a nossa presença', conta Arminda

Junto com o Amapá, a Polícia Militar do Estado celebra, em 2024, os 80 anos de criação. A história da instituição é marcada por uma trajetória de desafios para as amapaenses que, no passado, ingressaram em um universo essencialmente masculino. É o caso da major Arminda Nascimento, de 54 anos, que iniciou a carreira em 1989, na primeira turma da instituição a admitir mulheres.  

"Foi a realização de um sonho. Era algo diferente na minha vida e eu sabia que seria um desafio muito grande por ser um universo completamente novo, tanto para quem estava entrando, quanto para quem já estava na corporação. Era um lugar que só tinha homens, eles não estavam acostumados com a nossa presença, nem banheiro feminino tinha”, detalha Arminda.

Arminda conta que teve receio de que o fato de ter um filho fosse um obstáculo para ingressar na carreira militar. Contudo, a maternidade não a impediu de progredir profissionalmente: em 1997, Arminda foi promovida a sargento, anos depois, tornou-se oficial, e, hoje, se sente orgulhosa de ocupar um dos maiores postos da hierarquia militar. 

Com o passar do tempo, ocorreram mudanças e adaptações para que homens e mulheres pudessem compartilhar o mesmo ambiente de trabalho. Hoje, 798 mulheres fazem parte do quadro efetivo da Polícia Militar. Elas atuam nas rondas para garantir a segurança da população, estão em setores especializados, como o Batalhão de Operações Especiais (Bope), e também nas atividades administrativas. 

"A gente veio com tanta vontade de ser o que hoje nós somos, que a gente lutou, batalhou para conseguir galgar graduações dentro da Polícia Militar. Houve algumas desistências, mas a maioria persistiu e foi assim que nós abrimos caminhos para as companheiras que estão chegando. Hoje, a minha filha é policial, assim como as filhas de outras companheiras que fazem parte da PM”, declarou Arminda.
 
Para a major, as mulheres que ingressam hoje na Polícia Militar do Amapá encontram um espaço justo na oferta de vagas e oportunidades.

"Nós colaboramos bastante, tanto com o trabalho de rua, quanto com as atividades administrativas. As policiais estão capacitadas para essa prestação de serviço. Nós viemos para contribuir com a segurança pública do nosso estado por meio do nosso profissionalismo, amor e carinho”, finalizou. 

 

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