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'Foi uma porta que Deus abriu’, diz acolhido ao comemorar recursos do Governo do Amapá para a Casa Nosso Lar

Rafael Gonçalves, de 34 anos, acompanha a esposa que faz tratamento contra o câncer. O casal é de Laranjal do Jari e foi recebido pelo projeto em Macapá.

Por Cristiane Nascimento
31/01/2024 17h00

O autônomo Rafael Gonçalves e a esposa receberam acolhimento na Casa Nosso Lar

O Governo do Amapá repassou nesta quarta-feira, 31, R$ 7,2 milhões para sete entidades beneficiadas pelo maior programa de assistência social do estado, o "Acolher Amapá". A medida reforça uma das prioridades da atual gestão, que é garantir dignidade para a população em vulnerabilidade.

O investimento, resultado de emenda parlamentar articulada pelo senador Randolfe Rodrigues, vai auxiliar o trabalho desenvolvido por instituições como a Associação Amapaense de Apoio aos Pacientes em Tratamento Fora do Domicílio, que acolhe pessoas que precisam realizar procedimentos médicos em outros estados.

O autônomo Rafael Gonçalves, de 34 anos, morador de Laranjal do Jari, acompanha o tratamento da esposa que foi diagnosticada com câncer de mama. Em Macapá, o casal está hospedado na "Casa Nosso Lar", projeto mantido pela associação. Ele conta que o apoio recebido no lugar tem feito a diferença na batalha pela vida da mulher.

"Como a gente mora em outro município, e não tem parentes aqui na capital, esse acolhimento na Casa trouxe esperança. Foi uma porta que Deus abriu para que a gente possa se manter até a ida para Fortaleza, onde a minha mulher vai continuar o tratamento. Estamos há nove meses recebendo esse amparo e muito felizes em saber que o Governo do Estado vai investir neste trabalho social", ressaltou Gonçalves.

Acolhimento e esperança

A Associação existe há 8 anos, ajudando pessoas que necessitam de atendimento de média e alta complexidade da saúde em Macapá e fora do estado. São garantidos hospedagem, alimentação, transporte para as unidades hospitalares e atendimentos com equipe multiprofissional.

A instituição desenvolve vários projetos sociais, entre eles, a Casa Nosso Lar, que tem duas unidades, uma em Macapá e outra em Pernambuco, no Recife, onde são atendidas demandas da oncologia, por meio de parceria com o Hospital do Câncer da região.

No Amapá, são assistidos os 16 municípios, referenciados pelo serviço social. A diretora da Casa Nosso Lar, Júlia Soares, ressaltou que o valor recebido pelo Governo do Estado vai contribuir para uma reorganização estrutural da entidade.

"Isso vai nos possibilitar a troca da nossa mobília, que era toda de doação. Vai nos permitir aumentar a nossa capacidade de atendimento. Hoje, só em Macapá, recebemos diariamente cerca de 50 pessoas na parte de acolhimento. Após esse tempo em que existimos como instituição, fomos nos profissionalizando para nos tornarmos uma entidade socioassistencial, recebendo esse recurso público para fomentar as nossas práticas", destacou a diretora.

As Casas de acolhimento Abrigo Padre Luigi Brusadelli, Abrigo São José e Fátima Diniz, também foram contempladas com o aporte financeiro do Governo do Amapá.

As entidades fazem parte do Programa Acolher Amapá, coordenado pela Secretaria de Estado da Assistência Social, que atua junto com organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, que desenvolvem ações de interesse público.

Abrigo Padre Luigi Brusadelli

Localizada em Santana, a entidade desenvolve um trabalho voltado para a assistência aos idosos. Antes do falecimento do sacerdote que dá nome ao local, o atendimento alcançava pessoas de diferentes idades, mas atualmente só consegue acolher quem tem mais de 60 anos.

São 51 idosos que recebem assistência 24 horas, com cinco refeições diárias, atendimentos de fisioterapia e dinâmicas para que tenham bem-estar físico e mental.

O presidente do Abrigo, Jocinaldo Borges, pontuou que a partir desse aporte do Governo, será feita a aquisição de um novo carro que é uma necessidade antiga da casa.

"A nossa van tem mais de 20 anos e só um veículo não é suficiente para nos atender da forma que precisamos. Isso já vai suprir essa carência. Essa assistência do poder público é fundamental para a continuidade das nossas atividades", comemorou Borges.

O aposentado Rafael Dias, de 65 anos, natural de Minas Gerais, está no Abrigo há 10 anos. Ele foi acolhido após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e ficar impossibilitado de trabalhar. Dias enfatizou a boa recepção que encontrou no ambiente em que foi amparado.

"Eu posso dizer que sou muito bem acolhido, não só pela instituição, mas por esse estado. Eu fico muito grato por esse acolhimento que encontrei aqui e estarei no Abrigo enquanto estiver nessa condição física, mas na verdade, acho que não sairia mais por motivo nenhum”, comentou o idoso, emocionado.

Abrigo Fátima Diniz

Em 2024, a casa completa 23 anos de atuação no Amapá, com o compromisso de acolher mulheres e os dependentes delas em situação de violência, tanto doméstica quanto familiar, com comprovado risco de morte.

As vítimas normalmente são encaminhadas pela Delegacia das Mulheres, Juizado de Violência Doméstica, Defensoria Pública ou Ministério Público, com as devidas expedições de medidas protetivas de acolhimento institucional. Elas são assistidas durante 90 dias por psicólogas, educadoras e assistentes sociais.

Elas recebem ainda a análise de inclusão nos programas de assistência, como o Renda para Viver Melhor, que ajudam a retornar para o convívio social, como explicou a coordenadora do abrigo, Suane Barreto.

“Nós desenvolvemos diversas atividades para que essa mulher se sinta realmente acolhida e possa retomar a vida com mais segurança. Nós contamos com o suporte da Secretaria de Assistência Social, que direciona as nossas ações", frisou Suane

Abrigo São josé

O lugar existe há 65 anos, com capacidade para abrigar em média de 80 idosos que chegam em busca de acolhimento de todos os municípios do estado e de algumas cidades do Pará.

A diretora da instituição, Tatiane Barreto, conta que há muitas atividades desenvolvidas para dar qualidade de vida para essa classe social que precisa de mais atenção e cuidados.

"Nós atuamos com muita sensibilidade para que esses idosos, que em muitos casos são abandonados pelos familiares, se sintam protegidos e tenham um pouco de alegria apesar da situação de fragilidade que muitos se encontram, seja pela idade, seja por problemas de saúde. O apoio que recebemos do Governo do Amapá nos ajuda a seguir cuidando dos nossos acolhidos com ações de saúde, cidadania e lazer”, concluiu Tatiane.

 

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