Governo do Amapá coordena demolição de casas atingidas pela força do Rio Amazonas no Aturiá
Medidas foram adotadas por recomendação da Defesa Civil Estadual maré alta destruir parte das estruturas.
A medida foi adotada após recomendação da Defesa Civil Estadual
O Governo do Amapá coordenou nesta terça-feira, 13, a demolição de duas casas em madeira que corriam o risco de desabamento após terem as estruturas danificadas pela força da maré do Rio Amazonas na orla do Aturiá, no bairro Araxá, em Macapá. A medida foi adotada após recomendação da Defesa Civil Estadual.
Desde sábado, 10, as famílias recebem suporte do Estado após as fortes chuvas e a alta da maré provocar estragos. Os moradores estão cadastrados em benefícios como o Aluguel Social, e estão recebendo kits de alimentos e de higiene, entre outras ações de assistência emergencial.
"Continuamos acompanhando toda a situação de emergência que surgiu após as fortes chuvas que atingem a capital e, principalmente, pela força das águas que impactam a vida dos moradores no Aturiá. Mais de 10 casas continuam sob alerta de desabamento e todas as pessoas já foram retiradas. As famílias estão recebendo todo o suporte necessário do Governo do Estado", destacou o comandante-geral da Defesa Civil do Amapá, coronel Alexandre Veríssimo.
Na noite de segunda-feira, 12, o governador Clécio Luís assinou decreto de situação de emergência na capital para ajudar as famílias atingidas e intensificar os trabalhos de assistência.
As ações são coordenadas por equipes de diferentes setores, como saúde, habitação, transportes e assistência social, buscando evitar acidentes que coloquem em risco a integridade física da comunidade.
A garçonete Daiane Brito, de 32 anos, vivia junto com a filha e o marido em uma das casas que foram atingidas pela força da maré. Moradora do bairro há sete anos, ela conta que, após perceber que o lugar onde morava poderia cair, teve que sair às pressas com alguns pertences que conseguiu levar.
"Durante os anos que morei aqui, nunca tinha visto algo parecido. A maré do rio estava muito longe da minha casa e, com o passar do tempo, foi avançando. É como se tudo que construí nesse período sumisse de repente. Depois das chuvas, percebemos que a casa ia ceder de vez e saímos às pressas, levando apenas algumas coisas que conseguimos. Vamos recomeçar com o suporte que o Governo do Estado está dando para a gente, como a doação de cestas básicas, colchões e outros objetos", afirmou a moradora.
A dona de casa Analice Silva, de 42 anos, mora no local há mais de um ano. Ela veio do município de Breves, no Pará, para viver em Macapá e acompanhar o tratamento de saúde de um dos filhos. A casa de Analice está de pé, mas ela conta que só de ouvir o barulho da chuva, já fica preocupada.
"Quando a maré é grande, a água bate na parede de casa e ficamos com muito medo. Desde quando cheguei aqui sempre foi assim, principalmente no inverno. A cada dia que passa o medo aumenta da água invadir cada vez mais. Já aconteceu da madeira da parede ficar encharcada, podendo até desabar”, contou a moradora.
Ações emergenciais
No sábado, 10, equipes do Comitê de Respostas Rápidas do Governo do Amapá estiveram na região para avaliar os danos e prejuízos nas residências. A Escola Estadual Reinaldo Damasceno, no bairro Novo Buritizal, na Zona Sul da capital, se transformou em centro de acolhimento das famílias desabrigadas e desalojadas.
No ambiente, os moradores encontram lugar para dormir, atendimentos de saúde médico e psicológico, alimentação, atividades recreativas para as crianças, além de serem cadastrados em programas sociais como o Renda Para Viver Melhor e o Aluguel Social.
Além das medidas, o Estado projeta soluções definitivas para o problema que ocorre, principalmente, durante o inverno amazônico. A construção do muro de arrimo e a urbanização da orla do Aturiá foram anunciadas no começo do mês pelo governador Clécio Luís, como obras estruturantes que devem melhorar a qualidade de vida e segurança para os moradores da área.
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