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Governo do Amapá coordena demolição de casas atingidas pela força do Rio Amazonas no Aturiá

Medidas foram adotadas por recomendação da Defesa Civil Estadual maré alta destruir parte das estruturas.

Por Redação
13/02/2024 16h26

A medida foi adotada após recomendação da Defesa Civil Estadual

O Governo do Amapá coordenou nesta terça-feira, 13, a demolição de duas casas em madeira que corriam o risco de desabamento após terem as estruturas danificadas pela força da maré do Rio Amazonas na orla do Aturiá, no bairro Araxá, em Macapá. A medida foi adotada após recomendação da Defesa Civil Estadual.

Desde sábado, 10, as famílias recebem suporte do Estado após as fortes chuvas e a alta da maré provocar estragos. Os moradores estão cadastrados em benefícios como o Aluguel Social, e estão recebendo kits de alimentos e de higiene, entre outras ações de assistência emergencial.

"Continuamos acompanhando toda a situação de emergência que surgiu após as fortes chuvas que atingem a capital e, principalmente, pela força das águas que impactam a vida dos moradores no Aturiá. Mais de 10 casas continuam sob alerta de desabamento e todas as pessoas já foram retiradas. As famílias estão recebendo todo o suporte necessário do Governo do Estado", destacou o comandante-geral da Defesa Civil do Amapá, coronel Alexandre Veríssimo.

Na noite de segunda-feira, 12, o governador Clécio Luís assinou decreto de situação de emergência na capital para ajudar as famílias atingidas e intensificar os trabalhos de assistência.

As ações são coordenadas por equipes de diferentes setores, como saúde, habitação, transportes e assistência social, buscando evitar acidentes que coloquem em risco a integridade física da comunidade.

A garçonete Daiane Brito, de 32 anos, vivia junto com a filha e o marido em uma das casas que foram atingidas pela força da maré. Moradora do bairro há sete anos, ela conta que, após perceber que o lugar onde morava poderia cair, teve que sair às pressas com alguns pertences que conseguiu levar.

"Durante os anos que morei aqui, nunca tinha visto algo parecido. A maré do rio estava muito longe da minha casa e, com o passar do tempo, foi avançando. É como se tudo que construí nesse período sumisse de repente. Depois das chuvas, percebemos que a casa ia ceder de vez e saímos às pressas, levando apenas algumas coisas que conseguimos. Vamos recomeçar com o suporte que o Governo do Estado está dando para a gente, como a doação de cestas básicas, colchões e outros objetos", afirmou a moradora.

A dona de casa Analice Silva, de 42 anos, mora no local há mais de um ano. Ela veio do município de Breves, no Pará, para viver em Macapá e acompanhar o tratamento de saúde de um dos filhos. A casa de Analice está de pé, mas ela conta que só de ouvir o barulho da chuva, já fica preocupada.

"Quando a maré é grande, a água bate na parede de casa e ficamos com muito medo. Desde quando cheguei aqui sempre foi assim, principalmente no inverno. A cada dia que passa o medo aumenta da água invadir cada vez mais. Já aconteceu da madeira da parede ficar encharcada, podendo até desabar”, contou a moradora.

Ações emergenciais

No sábado, 10, equipes do Comitê de Respostas Rápidas do Governo do Amapá estiveram na região para avaliar os danos e prejuízos nas residências. A Escola Estadual Reinaldo Damasceno, no bairro Novo Buritizal, na Zona Sul da capital, se transformou em centro de acolhimento das famílias desabrigadas e desalojadas.

No ambiente, os moradores encontram lugar para dormir, atendimentos de saúde médico e psicológico, alimentação, atividades recreativas para as crianças, além de serem cadastrados em programas sociais como o Renda Para Viver Melhor e o Aluguel Social.

Além das medidas, o Estado projeta soluções definitivas para o problema que ocorre, principalmente, durante o inverno amazônico. A construção do muro de arrimo e a urbanização da orla do Aturiá foram anunciadas no começo do mês pelo governador Clécio Luís, como obras estruturantes que devem melhorar a qualidade de vida e segurança para os moradores da área.

 

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