Governo do Amapá reúne Rede de Atendimento à Mulher para fortalecer porta de entrada de denúncias de violência, no Oiapoque

Encontro reuniu órgãos que integram a rede de atendimento e debateu a ampliação do serviço no município

Em mais um encontro da Rede de Atendimento à Mulher (RAM), promovido pelo Governo do Amapá, órgãos que integram a frente de assistência e apoio às vítimas de violência doméstica e de gênero debateram a ampliação do alcance da rede dentro das instituições de ensino, no Oiapoque.

O encontro, que aconteceu de forma híbrida, foi coordenado pela Secretaria de Estado de Políticas Públicas para Mulheres (Sepm), através do Centro de Referência no Atendimento à Mulher (Cram). Atualmente, a RAM conta com a participação de 60 instituições, como Defensoria Pública, Polícia Científica, Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher e Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar.

Ampliação dos serviços já é discutida com os 16 municípios. Neste primeiro momento, Mazagão e Tartarugalzinho já sinalizaram positivamente para integrar a frente de trabalho.

“Estamos trabalhando em conjunto com os órgãos que integram a RAM no estado para que as mulheres tenham um atendimento e acolhimento humanizado quando precisarem acessar os serviços em qualquer lugar do Amapá”, destacou a secretária de Políticas para Mulheres, Adrianna Ramos.

Instituições de ensino como o Instituto Federal do Amapá (Ifap), no campus Oiapoque e a Escola Estadual Joaquim Nabuco também integraram o debate, por serem canais de alcance do público em vulnerabilidade social e situação de violência.

“É importante a participação da escola na Rede de Atendimento, porque recebemos a consequência dessa violência que acontece em casa e impacta diretamente na formação do nosso jovem. É importante sabemos onde e como buscar ajuda para o nosso aluno. Ficamos felizes em fazer parte da Rede de Atendimento e nos propomos a buscar ajuda”, destacou a diretora da Escola Joaquim Nabuco, Elizabete do Carmo.  

“Já trabalhamos a questão da profissionalização preventiva com cursos para mulheres indígenas e não indígenas, vítimas ou não de violência. Esse trabalho em conjunto é importante para fortalecer a Rede e garantir que o atendimento chegue à essas mulheres”, reforçou Nery.     

Durante a reunião, foi apresentada a equipe técnica que integra a RAM, são profissionais como psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e assessor jurídico. O trabalho é integrado aos serviços ofertados pelas instituições que formam a Rede.

Cooperação

O juiz da 1ª Vara Cível de Oiapoque, Roberval Pacheco, reforçou a importância de esclarecer o fluxo de atendimento da Rede no Amapá para as mulheres em vulnerabilidade para garantia do acesso aos serviços.

“Integrar esse debate é importante para que nós possamos ter o entendimento de quão grande essa rede de apoio pode ser na região e de como podemos ajudar a fortalecê-la ainda mais. É uma integração necessária para darmos encaminhamento às pautas de importância social e de resguardo da segurança”, reforçou Pacheco.

A Lei de Atendimento à Mulher no Amapá está em vigor desde 2013 e estipula a responsabilidade de cada órgão, de acordo com sua competência, no atendimento humanizado e especializado às mulheres em situação de vulnerabilidade e violência.

No Oiapoque, o Cram atende o público de segunda a sexta-feira, de 8h à 13h30. O Centro funciona dentro da Rede Super Fácil do município, na Rua Lélio Silva, 220 – Centro. O público também pode entrar em contato pelo número (96) 98402-9406.

Já a Rede de Atendimento à Mulher (RAM) funciona 24 horas por dia e pode ser acessada pelo telefone (96) 98402-7649.

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