Governo do Amapá garante assistência aos trabalhadores e donos de restaurantes da Fazendinha, em Macapá

Empreendedores estão sem renda, fechando as portas e dispensando funcionários em decorrência de uma obra do município

O Governo do Amapá reuniu na noite desta quinta-feira, 14, com donos de restaurantes,  trabalhadores  e representantes da comunidade da Fazendinha, em Macapá, impactados com a paralisação de suas atividades em decorrência de uma obra do município. Os empreendedores do local estão sem renda, fechando as portas e dispensando funcionários por não terem condições de abrir sem fluxo de clientes que geram o orçamento do mês.

Segundo os trabalhadores, alguns estabelecimentos tiveram o fornecimento de energia e água cortados em decorrência da queda do movimento no local, reconhecido pela gastronomia e como espaço turístico na capital.

O presidente da Associação de Bares e Restaurantes da Fazendinha, Walter Boulhosa, afirma que todos foram pegos de surpresa e não deu tempo de ninguém se planejar, já que a obra está dividida em três etapas e ainda vai demorar para ser concluída.

“Nós vivemos do movimento comercial dos estabelecimentos e, de repente, a obra foi anunciada no dia 17 de janeiro e, em poucos dias começou sem avisar, fecharam a praia com tapumes e fomos pegos de surpresa sem termos tempo de nos planejar. Pedimos “socorro” ao Governo do Estado para que nos ajude nesta situação. Em média são pelo menos 400 trabalhadores prejudicados”, ressaltou.

Como uma das primeiras iniciativas do Estado, a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), vai fazer o levantamento social para garantir ajuda emergencial.

“O governador Clécio Luís determinou toda assistência à comunidade da Fazendinha  e nós estamos aqui para ajudar com o que temos de imediato para amenizar a situação desses trabalhadores, pais e mães de família. Vamos montar um balcão de atendimento e através dos programas “Amapá sem Fome” e “Acolhe Amapá”, vamos entregar o kit alimentação e fazer a inclusão dessas famílias que se encontram em vulnerabilidade social nos programas e serviços essenciais”, frisou a secretária de Assistência Social,Aline Gurgel.

O vereador de Macapá, Claudiomar Rosa, que atuou como um dos interlocutores da comunidade com o Governo do Amapá, destacou a ação como essencial para garantir a dignidade da população da Fazendinha.

"Fomos procurados com um pedido de socorro de quem vive e depende do trabalho no balneário da Fazendinha. São famílias que estão enfrentando dificuldades e agora necessitam de toda a assistência que será dada pelo Governo, uma ação de cidadania", enfatizou.

 Transtorno

A auxiliar de cozinha, Maria do Carmo, de 32 anos, mãe solteira, conta que cuida de dois filhos, há quatro anos trabalhava em um dos restaurantes que teve que fechar as portas, o dono do empreendimento lhe concedeu férias, porque não tinha mais condições de lhe pagar o salário, desempregada ela conta que o desespero é inevitável.

“A gente vive do trabalho que temos aqui, sem movimento não tem como nos manter, infelizmente estamos todos sofrendo essa situação sem saber como pagar as contas no final do mês. Hoje saio daqui mais confiante com a vinda do Governo do Estado que veio nos dar a mão nesse momento de dificuldade”, desabafou.

Medidas emergenciais

Como medida emergencial, o Governo do Amapá definiu com os trabalhadores as linhas de ação. Na segunda-feira, 18, pelo programa “Amapá sem Fome” será feita a entrega de kit alimentação para os trabalhadores e a inserção de quem necessita no programa “Acolher Amapá”, aluguel social, renda, dentre outros serviços.

Após o atendimento emergencial, será feita uma nova reunião com empreendedores, trabalhadores informais e funcionários para tratar de soluções para diminuir os impactos econômico e social, envolvendo a Agência de Fomento do Amapá (Afap); Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete); Corpo de Bombeiros Militar; Polícia Civil; CEA Equatorial e Companhia de Água e Esgoto do Amapá (CSA).

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