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‘É um gesto de valorização e respeito’, destaca governador Clécio Luís ao garantir recursos para os barracões do Ciclo do Marabaixo

A iniciativa faz parte do Plano de Governo para valorização do setor cultural e das manifestações tradicionais do Amapá.

Por Weverton Façanha
30/03/2024 13h05

Foram repassados cerca de R$ 500 mil, diretamente aos festeiros, como mais um estimulo para a programação

Ao som das caixas e tambores, o governador Clécio Luís, oficializou neste sábado, 30, o repasse de cerca de R$ 500 mil, para a programação dos barracões do Ciclo do Marabaixo 2024. O investimento foi repassado diretamente aos festeiros para a realização do tradicional evento de representatividade da cultura negra e do povo do Amapá. A iniciativa faz parte do Plano de Governo da gestão de valorização do setor cultural e das manifestações tradicionais do estado.

“O fomento é um gesto de valorização, reconhecimento e de respeito com o Marabaixo. Esse é um festejo tradicional que faz parte da nossa cultura, história, e nós temos que apoiar cada vez mais e sempre. Esse é mais um momento que mostra o nosso compromisso, como já fizemos com a criação da Central do Marabaixo, um gesto significativo para todas essas comunidades tão importantes do estado”, enfatizou o governador.

O Amapá é rico em tradições envolvendo comunidades quilombolas, em várias localidades, e a valorização representa a ratificação da identidade do povo amapaense, como destacou o senador Randolfe Rodrigues, que articulou o recurso através de emenda parlamentar.

“Estamos aqui para celebrar o marabaixo que é uma identidade cultural nossa e nada mais importante que nós possamos apoiar diretamente essa festa tradicional do Amapá. No qual nós temos o compromisso de sempre auxiliar na realização dos festejos”, destacou o senador, que acompanhou o governador na cerimônia.

Neste sábado de Aleluia, as celebrações iniciais do Ciclo do Marabaixo acontecem nos bairros do Laguinho, Santa Rita e em comunidades quilombolas e rurais da Casa Grande e Campina Grande. O festejo segue uma extensa programação até o dia 2 de junho, no Domingo da Aleluia.

“Aqui estamos para mostrar o fortalecimento da nossa cultura, o Marabaixo, que é a nossa maior e mais autêntica manifestação cultural. Neste momento vamos celebrar e mais uma vez firmar nossas ações dentro do âmbito cultural”, declarou a diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos.

A manifestação afroamapaense e religiosa é feita em louvor à Santíssima Trindade e ao Divino Espírito Santo. A programação envolve rodas de marabaixo, gengibirra, ladainhas, caldos tradicionais e alvoradas festivas.

“Estamos aqui reunidos com todos os barracões para celebrar e também enfatizar a importância dos investimentos em nossa cultura. Esse apoio serve para fortalecer e levar o marabaixo para diversas comunidades e desta forma manter nossa festa”, disse a representante da Associação Berço do Marabaixo e uma das coordenadoras do Ciclo, Valdinete Costa.

O Governo do Estado apoia a realização, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo). Os investimentos, para toda a festividade gira em torno de R$ 1,4 milhão, envolvendo diversas ações como a Central do Marabaixo e ainda projetos comunitários, para a divulgação e expansão do evento.

Também participaram do encontro com os festeiros os secretários de estado da Cultura, Clícia Vieira Di Micelli, e de Administração (Sead), Paulo Lemos e representantes de todos os barracões e das comunidades que realizam a programação.

Homenagem

Durante a cerimônia, o cantador e compositor de "ladrões" de marabaixo, como são chamdas as canções, Alan Loureiro, foi homenageado pelos representantes dos grupos, em memória do artistista cultura e presidente da Associação Marabaixo da Juventude, que faleceu no início da manhã deste sábado. 

Ciclo do Marabaixo

O Ciclo do Marabaixo, é uma festividade de tradição secular, que iniciam nos bairros do Laguinho e da Favela por famílias remanescentes da frente da cidade de Macapá, quando em 1943, tiveram suas moradias transferidas para estes dois pontos da cidade, para a urbanização ser realizado pelo Governo da época. Estas famílias então levaram na bagagem toda história e tradição desta manifestação, para todo o estado, que até hoje cultuam com muita fé, amor e devoção ao Divino Espírito Santo e a Santíssima Trindade.

 

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