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Ciclo do Marabaixo 2024: festas nos barracões celebram os ancestrais e os pioneiros da festividade

 A celebração, com apoio do Governo do Amapá, seguiu neste domingo, 31, em barracões tradicionais de Macapá.

Por Da Redação
01/04/2024 08h01

O Ciclo do Marabaixo 2024 segue até dia 2 de junho de 2024

“Aonde tu vais rapaz? neste caminho sozinho, eu vou fazer minha morada lá nos campos do Laguinho”, com um dos versos mais cantados durante a festividade, o Ciclo do Marabaixo 2024, com apoio do Governo do Amapá, teve prosseguimento neste domingo, 31, nos barracões da Associação Cultural Raimundo Ladislau e Marabaixo do Pavão. A programação integra o Plano de Governo, de valorização do setor cultural e das manifestações tradicionais.

De acordo com o presidente da Associação Cultural Raimundo Ladislau, Joaquim Ramos, o evento integra a tradição de matriz africana ao calendário religioso, e exalta, neste domingo de Páscoa, a ancestralidade com o Marabaixo da Ressurreição.

“Estamos reunidos, familiares, amigos, membros de vários barracões e representações da cultura negra, para cantar e dançar a nossa ancestralidade e toda nossa tradição, exaltando a luta de cada um que fez e faz a história do nosso povo. É apenas o começo desta grande festividade”, destacou Joaquim Ramos.

A marabaixeira, Mery Baraka do Movimento Cultural Ancestrais, destacou a importância de relembrar e exaltar os "anfitriões" Tia Biló e Julião Ramos (em memória), como pioneiros de um dos símbolos mais representativos do povo amapaense.

“Esse barracão tem uma representatividade na minha vida, enquanto mulher preta, mulher laguinense e marabaxeira. Tia Biló foi a mantenedora dessa tradição, e o pai dela, saudoso mestre Julião Ramos, o precursor do Marabaixo, e nós estamos aqui para celebrar esse momento que é o nosso maior símbolo de manifestação cultural do Amapá”, destacou Mery Baraka.

Além do colorido das vestimentas, do rodopiado das saias, e do giro no salão ao som das caixas de Marabaixo os participantes também puderam degustar o tradicional caldo quente e a famosa gengibirra, bebida fermentada que traz em sua composição o gengibre, tradicional nas festividades.

No Barracão do Pavão, os participantes também comemoraram a programação. A presidente da Associação Folclórica Marabaixo do Pavão, Mônica Ramos, falou sobre o momento de fé e religiosidade.

“Hoje, nos reunimos para celebrar este momento de fé, que é o domingo de Páscoa e que também inicia a nossa programação do Marabaixo. Vamos até o dia 2 de junho, o Domingo do Senhor, mostrando toda a tradição que faz parte dessa manifestação cultural”, explicou a presidente.

No local também estiveram presentes os grupos Herdeiros das Tradições, Estrela do Renascer e São José do Mata Fome. Naira Sousa, contou sobre a emoção em participar da festividade.

“Eu me sinto muito feliz em fazer parte dessa história desde o começo, fiz parte do grupo do Pavão, hoje, faço parte do Grupo São José, e estou aqui agradecendo uma graça recebida, em nome dos meus filhos”, revelou a marabaixeira.

Ciclo do Marabaixo

A tradição traz o culto pelo Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade, com missas, ladainhas, cortejo da murta e o levante e corte de mastros nas matas. As rodas de marabaixo, gengibirra e o caldo de carne, conhecido como o tradicional "cozidão", também integram essa importante manifestação cultural e religiosa.

O Ciclo do Marabaixo é realizado pelos grupos Berço do Marabaixo, Raízes da Favela (Dica Congó), Marabaixo do Pavão, Raimundo Ladislau, União Folclórica de Campina Grande (UFCG) e Santíssima Trindade, da comunidade de Casa Grande.

 

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