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'É a primeira vez que um governo vem até aqui para nos ajudar’, diz moradora do alto Araguari, em Porto Grande

Rosenilda Souza, de 61 anos, conta que o nível do rio subiu da noite para o dia, inundando casas e plantações.

Por Alexandra Flexa
29/04/2024 07h00

Agricultora Rosenilda Souza, de 61 anos, diz que os moradores foram surpreendidos com a rápida cheia do rio

Ribeirinhos que vivem o drama das cheias no alto do Rio Araguari, a 60 quilômetros da sede do município de Porto Grande, contam que este ano foram surpreendidos com a rápida elevação do nível da água, que inundou casas e plantações. Na última sexta-feira, 26, uma equipe da Defesa Civil e da Secretaria de Estado de Assistência Social fizeram o georreferenciamento do local e a distribuição de kit de alimentos, colchões e água potável.

"Em todos estes anos, é a primeira vez que o Governo do Estado vem até aqui no alto Araguari para nos ajudar, numa hora dessas é de grande ajuda tudo o que chega. A água subiu da noite para o dia, não deu tempo de salvar muita coisa, nossa plantação inteira de mandioca, macaxeira e legumes se perdeu. As criações fugiram no meio da noite, até nós vamos ter que sair”, conta a agricultora Rosenilda Souza, de 61 anos.

Cerca de 20 famílias de ribeirinhos do alto Araguari foram assistidas pelo Governo do Estado, que desde a última quinta-feira, 25, vem monitorando o nível do rio. Muitos moradores tiveram que abandonar suas casas e se abrigar em casas de parentes na cidade de Porto Grande. 

Ao longo do rio, é comum ver casas abandonadas pelos moradores que tiveram que sair às pressas com seus pertences e outras totalmente submersas, há ainda aqueles que se recusam a sair mesmo com a água alcançando a altura dos joelhos.  

A representante da Associação Sementes do Araguari, Arlete Pantoja Leal, de 50 anos, mora com a mãe e os cinco filhos às margens do alto do Araguari, ela relata que o drama com a cheia acontece todos os anos, mas que desta vez os moradores foram surpreendidos pela antecipação. 

"Devido à forte estiagem, achávamos que o rio não ia subir tanto, mas fomos pegos de surpresa. Tivemos que sair socorrendo os primeiros moradores com as casas inundadas, uns levamos para a cidade e outros para locais ainda seguros. Apesar da distância, o governo enviou água e comida e a gente agradece ao governador porque é a primeira vez que a ajuda de um governo chega até aqui”, conta Arlete. 

Para o deslocamento das equipes de ajuda, o Governo do Estado contou com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), que atua na área de preservação e que também fez a entrega de alimentos e água para as famílias.

A chefe do ICMBIO Amapá Central, Fernanda Colares, que também é responsável pela gestão que cuida do Parque Nacional do Tumucumaque e Floresta Nacional do Amapá (Flona), ressalta a importância da união de forças para alcançar e ajudar as famílias afetadas neste momento.  

"A união de forças neste momento foi muito importante para fazer os primeiros atendimentos a essas famílias atingidas. Com a equipe do governo do estado conseguimos prestar esse auxílio nessa região que é distante 3h30min de Porto Grande. Seguimos de pronto para o que for necessário”, enfatiza Fernanda. 

Nesta segunda-feira, 29, as equipes de governo retornam para os municípios. O Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) reforça as projeções de acumulados diários significativos de chuva nos municípios de Porto Grande, Ferreira Gomes, Macapá, Santana, Mazagão e arquipélago do Bailique.  

As estações hidrológicas alertam para o nível dos rios Oiapoque, Amapari, Jari e Araguari devido às chuvas da última semana localizadas nas bacias das correntes, onde captam o volume de água e destinam para os rios que banham os municípios de Porto Grande, Ferreira Gomes, Serra do Navio, Pedra Branca e Cutias. 

Monitoramento 

Os trabalhos fazem parte das medidas de prevenção e proteção, envolvendo equipes de sobreaviso para atuar nos casos de alagamento com fortes chuvas ou aumento do nível dos rios. O Comitê de Respostas Rápidas atua para garantir respostas imediatas para população que sofre com as crises naturais, sanitárias e de saúde. O monitoramento também segue sendo feito pelas hidrelétricas, que acompanham a vazão do rio a cada 2 horas.

 

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