Residencial Vila dos Oliveiras ganha colorido especial com identidade visual inspirada em povos originários

Artes são inspiradas no indígena Caripoune Yermollay

O Governo do Amapá entrega na próxima segunda-feira, 13, o Residencial Vila dos Oliveiras, que irá beneficiar 512 famílias com novas moradias. Entre os destaques do habitacional, está o colorido especial inspirado na arte dos povos originários. O projeto é realizado pelos artistas amapaenses Moara Negreiros, Bruno Ribeiro, Arthur Henrique e Hiago Picanço.

A academia ao ar livre foi o local escolhido para receber as novas formas e cores. O espaço, inspirado na obra visual de Caripoune Yermollay, possui diversos elementos simbólicos  que expressam temas da mitologia indígena, além de narrativas sobre a criação e seres que habitam o imaginário do povo Karipuna.

De acordo com o secretário de Estado da Infraestrutura, David Covre, a ideia é oportunizar aos futuros moradores o contato mais próximo com a cultura por meio da arte.

“Tivemos agora o abril vermelho, que trouxe um resgate do valor histórico e cultural dos povos originários, que também estarão presentes nas grandes obras do Estado, como forma de respeito e reconhecimento pelas tradições que são repassadas ao longo dos anos”, destacou Covre.

“É uma oportunidade maravilhosa, ficamos muito felizes em receber esse convite do Governo do Estado. Todo o trabalho foi inspirado na obra do artista indígena Yermollay, e nós colocamos em prática alguns elementos que ele trouxe, além das cores que dão mais vida a esse espaço”, destacou a artista.

Estão presentes na composição do grafite losangos, que representam os sinuosos caminhos da floresta; traços em formato de “V”, representam as montanhas do Amapá e os potes que guardam riquezas da terra; traços e pontos, que representam os rios do Amapá; e círculos, que simbolizam o sol, presença marcante mitologia indígena.

Do Oiapoque para o Mundo

Caripoune Yermollay é um nome importante da arte indígena contemporânea amapaense. O artista se expressa com sua arte denominada “Adaminã”, que traduz, através de desenhos e pinturas, a cosmologia e mitologia do povo Karipuna, que narra histórias de criação do mundo e dos seres, além da fusão entre o real e o imaginário.

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