Governo do Amapá articula junto ao Ministério da Saúde medicamento em dose única para tratamento da malária vivax
A tafenoquina, uma alternativa ao padrão atual, encurta o tempo de tratamento e contribui para uma melhor adesão ao medicamento.
O novo remédio é uma alternativa ao tratamento padrão e atua diretamente na forma hepática da malária
O Governo do Amapá articula junto ao Ministério da Saúde a implementação de um novo medicamento para o tratamento da malária vivax no estado. O remédio é indicado para a cura radical (prevenção de recidiva), em pacientes a partir dos 16 anos de idade, que estejam recebendo cloroquina como terapia para a infecção aguda causada pela doença.
Como dose única, a terapia pelo medicamento tafenoquina pode facilitar a adesão do paciente. O novo remédio também é uma alternativa ao tratamento padrão com primaquina que deve ser administrada por 7 ou 14 dias e atua diretamente na forma hepática da malária vivax, evitando as chamadas recaídas, que é o retorno da doença por infecção na corrente sanguínea.
Garantindo a aquisição, a distribuição do medicamento para os municípios do estado será realizada pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS). “A eficácia de se livrar do parasita no fígado com uma dose única de tafenoquina é uma conquista e, na minha visão, representa um dos maiores avanços no tratamento da malária dos últimos anos”, comentou o superintendente da SVS, Cássio Peterka.
Ainda segundo o gestor, as tratativas com o Ministério da Saúde estão bem avançadas. No dia 14 de maio, as equipes da SVS receberão um treinamento sobre como implementar o medicamento no tratamento da malária vivax para que possam multiplicar e levar para os municípios as informações.
A tafenoquina deverá chegar ao estado no início do mês de agosto. Pela programação, Calçoene será o primeiro município a receber o novo remédio para iniciar o tratamento nos pacientes que estão com a doença.
Malária
A malária é uma doença infecciosa causada pelo parasita Plasmodium e transmitida pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. Sua gravidade varia de acordo com a espécie do parasita, tem cura e pode ser tratada desde que aconteça de forma adequada. Entre os sintomas estão: febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.
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