Governo do Amapá destaca os benefícios do Zoneamento Ecológico-Econômico para o desenvolvimento do estado

O estudo do zoneamento ecológico consolida 4 anos de trabalho de órgãos de pesquisa e setores da cadeia produtiva

O Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) consolidou, durante quatro anos, os estudos de cada região do território amapaense, para implementar o programa de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). Devido sua importância, o Governo do Estado realiza neste mês de maio, três blocos de audiências públicas, para oportunizar a participação popular no levantamento.

As audiências marcadas para os municípios de Macapá, Laranjal do Jari e Amapá, têm objetivo de apresentar para a comunidade o trabalho que mapeou e identificou as potencialidades e os benefícios do estado na área do desenvolvimento sustentável, abrindo debates sobre questões específicas de cada região.

Após a finalização dos encontros, os dados serão compilados e a versão com ajustes finais do zoneamento integrará a minuta do Projeto de Lei. O próximo passo será a aprovação no plenário da Assembleia Legislativa do Estado. 

“O processo de construção do zoneamento é complexo, e envolve planejamento, visitas aos municípios e diagnósticos dos meios físico, biótico, socioeconômico e jurídico. Agora, com a finalização da fase de integração que reuniu o mapeamento e transformou o documento num produto físico, apresentaremos o resultado nas audiências públicas. As ideias da comunidade e novas informações serão incluídas, possibilitando que o processo seja amplamente participativo, mostrando os benefícios para o estado”, explica Priscyla Araújo Esquerdo, gerente geral de projetos do Núcleo de Ordenamento Territorial do Iepa.

Sobre o ZEE

O zoneamento ambiental é uma ferramenta de planejamento e gestão que objetiva reconhecer as características socioeconômicas e do meio ambiente de diferentes áreas do Amapá, para auxiliar na identificação dos setores com maior potencial de investimentos em agricultura, turismo, indústria e energia renovável. Além de promover a conservação de recursos naturais e ecossistemas, o zoneamento norteará investidores. Os estudos avaliaram a geomorfologia, hidrologia, solos, clima, fauna, flora e toda a biodiversidade do Amapá.

“Dados sobre patrimônios de sítios arqueológicos e culturais, que não existiam no Brasil foram incluídos no mapeamento do zoneamento ambiental. Essa pesquisa apresenta uma verdadeira riqueza de informações sobre o território do Amapá”, reforça a gerente.

Entre outras vantagens, o zoneamento permite que o governo possa oferecer incentivos fiscais e financiamentos específicos para projetos em áreas estratégicas. O documento indica regiões propícias para o ecoturismo, agroindústria sustentável ou pesquisa científica, como áreas ricas em sítios arqueológicos e patrimônios culturais.

Participam do levantamento do zoneamento ecológico-econômico do Governo do Amapá o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Universidade do Estado do Amapá (Ueap). Também integram os trabalhos, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Universidade Federal do Amapá (Unifap).

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