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Governo do Amapá promove prática com chás e plantas medicinais para estudantes no Museu Sacaca, em Macapá 

Atividade faz parte da 22ª Semana Nacional de Museus e levou conhecimentos da medicina caseira aos alunos da Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares.

Por Jamylle Nogueira
17/05/2024 14h15

No auditório do museu foi montada uma espécie de cozinha, para amostra das plantas e preparo dos chás

Como parte da programação da 22ª Semana Nacional de Museus, o Governo do Amapá promoveu uma prática educativa com chás e plantas medicinais para alunos do ensino médio da Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares. A atividade, que ocorreu no Museu Sacaca, em Macapá, busca levar os conhecimentos da medicina caseira e mostrar técnicas corretas para o preparo das bebidas no dia-dia. 

Para o preparo dos chás, os estudantes utilizaram plantas como canela, verônica, cidreira. De acordo com a técnica do museu, Ana Kellen Souza, o momento foi pensado com o intuito de fazer uma interação do conhecimento popular com conhecimento científico. 

“O preparo de chá com plantas medicinais é uma prática muito utilizada pelos amapaenses, principalmente os mais antigos. A ideia é repassar para os jovens e adolescentes esse conhecimento de maneira mais eficiente, uma vez que durante a atividade eles puderam aprender como utilizar cada uma dessas ervas”, enfatizou a técnica. 

O coordenador da prática e pesquisador do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Augusto Oliveira, enfatizou que durante a oficina foram apresentados todos os cuidados necessários como quantidade, qualidade da água, o preparo, conforme o conhecimento químico e farmacológico das plantas. 

“O objetivo é repassar informações daquilo que nós aprendemos nas comunidades tradicionais, e aquilo que também nós desenvolvemos enquanto pesquisa nos nossos laboratórios. Então é voltado para a atenção à saúde, uma saúde básica e buscando sempre, o que a gente chama de boas práticas, ou seja, preparar da melhor forma, da forma mais saudável e retirar o melhor das plantas”, declarou Oliveira. 

No auditório do museu, foi montada uma espécie de cozinha, onde o pesquisador mostrou na prática todo o preparo dos chás medicinais de acordo com o formato e espécie de cada planta. 

“Aqui temos plantas aromáticas como a canela e trouxemos cascas como a verônica. Para as aromáticas fazemos o processo de infusão, você pega, ferve a água e joga em cima da planta, espera lá, abafa por uns 10 minutos e o chá está pronto. Se é uma folha que não tem cheiro, é necessário triturá-la e colocá-la para ferver junto com a água durante 3 minutos. Se é uma casca, como a verônica, por exemplo, que é considerada anti-inflamatória, ela precisa ferver dez minutos na panela. Cada condição da planta e o que nós queremos extrair tem um formato de preparação do chá”, detalhou o pesquisador. 

Para o aluno do segundo ano do ensino médio da Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares, José Miguel dos Santos, de 18 anos, a atividade foi uma experiência única e necessária para utilizar no cotidiano. 

“Minha mãe sempre prepara chás, porém não sabia que tinham tantas técnicas para aproveitar seus princípios ativos. Vou repassar para todos na minha casa, para que a gente possa preparar de maneira correta”, relatou o jovem. 

Com o tema “Museus, educação e pesquisa: educando o olhar para enxergar o patrimônio”, a 22ª Semana Nacional de Museus encerra neste sábado, 18. Ações já foram realizadas nos museus Sacaca, Joaquim Caetano, de Arqueologia e Etnologia e na Fortaleza de São José.   

Confira a programação: 

Sábado, 18 

  • Museu da Fortaleza de São José de Macapá 

8h às 17h - Exposição “Memórias da Guarda Territorial”; 

15h às 18h - Visita monitorada com grupo de pipeiros do entorno do Museu e oficina de rabiola (pipas, papagaios e curicas); 

  • Núcleo de Pesquisas Arqueológicas do Iepa (Museu Sacaca) 

8h às 14h - Exposição “Macapá Capital Indígena”; 

9h30 às 11h30 - Palestra sobre o projeto Amazônia Revelada e como o “LiDAR” está transformando a pesquisa arqueológica amazônica, especialmente com a identificação de sítios de grandes proporções na região. 

 

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