Governo do Amapá promove roda de conversa com homenagem às parteiras tradicionais do estado, no Museu Sacaca
Atividade marcou o encerramento da 22ª Semana Nacional de Museus e reuniu mulheres dos municípios de Tartarugalzinho e Mazagão.
Momento foi de valorização da cultura e ancestralidade amapaense
O Governo do Amapá promoveu, no Auditório Waldemiro Gomes, no Museu Sacaca, em Macapá, uma roda de conversa com parteiras dos municípios de Tartarugalzinho e Mazagão como forma de reconhecer a importância da prática tradicional no estado e na Região Amazônica. O evento marcou o encerramento da programação da 22ª Semana Nacional de Museus.
No encontro, as mulheres que são referência no assunto receberam homenagens, contaram histórias de nascimentos de bebês pelas próprias mãos e compartilharam técnicas da profissão que busca trazer vida ao mundo. Na ocasião, também foi debatida oficialização da atividade como um bem imaterial do Brasil. 
“Não é uma profissão fácil e eu aprendi sozinha, ninguém me ensinou. Já realizei mais ou menos 202 partos e graças a Deus, todos sem complicações. Uma coisa que aprendi é que temos que ter amor pela mulher que está com dor, e paciência, porque é uma vida que ela está trazendo e me sinto feliz todas às vezes de fazer parte desse momento”, relatou Raimunda. 
O superintendente do Iphan no Amapá, Michel Flores, compartilhou o reconhecimento da profissão como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Conselho Consultivo do órgão.
“Nós temos essa responsabilidade de dar continuidade na salvaguarda. Vamos ter reuniões com as parteiras e vamos trabalhar para a constituição de um comitê de salvaguarda do ofício, dos saberes, das práticas, das parteiras aqui no Amapá”, comentou Flores.
“Muitas pessoas são nascidas de parteiras e nós sabemos que aqui no nosso estado essa profissão é conhecida da nossa história, é a nossa cultura e esse mês a Casa das Parteiras no Museu Sacaca está completando dez anos. Então, é um dia especial às nossas parteiras e nós estamos muito felizes de proporcionar esse momento”, explicou a coordenadora.
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