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Ciclo do Marabaixo 2024: pai e filhos unidos pelo toque das caixas fortalecem a tradição ancestral afro-amapaense

Além dos laços de sangue, a família compartilha o amor pela principal manifestação cultural do estado.

Por Gabriel Penha
30/05/2024 09h03

Julião Ramos (à direita) com os filhos Ícaro e Evellyn durante roda de Marabaixo, no bairro do Laguinho

Com incentivo do Governo do Amapá, a programação do Ciclo do Marabaixo 2024 encerra no próximo domingo, 2. Ao longo do extenso período festivo, algumas cenas do encontro de gerações que a cultura marabaixeira proporciona chamaram atenção do público que compareceu aos barracões para prestigiar o rufar das caixas e o bailado das saias.

No Barracão da Tia Biló, sede do Grupo Raimundo Ladislau, no bairro do Laguinho, em Macapá, pai e filhos protagonizaram momentos que definem bem o significado de repassar a cultura de geração em geração. A família é unida não só pelos laços de sangue, mas também pelo amor ao toque das caixas e ao canto dos ladrões, versos musicais do marabaixo.

Aos 38 anos, Julião Tomaz Ramos Bisneto carrega não só o DNA de uma família tradicional de marabaixeiros, mas o nome de um dos percussores da mais autêntica manifestação cultural afro-amapaense. Atualmente, é visto tocando e cantando junto com os filhos, Evellyn Samilly e Ícaro Tomás, ambos de 17 anos, além da pequena Maria Sofya, de apenas cinco anos.

“Todos vieram para o Marabaixo de forma espontânea. Desde muito pequenos, pediam para participar. Claro, teve incentivo de tios, tias e madrinhas. Hoje, fazem parte de nossa rica tradição. É uma cena cada vez mais comum ver jovens e crianças nas rodas de Marabaixo, dando um brilho especial à manifestação cultural. Um dia, irão garantir que a tradição se perpetue”, orgulha-se Julião. 

Tradição fomentada pelo Governo do Estado

Com o tema: “O rufar dos tambores para além da tradição”, o Ciclo do Marabaixo 2024 é realizado pelos grupos culturais como sinônimo de cultura, fé e resistência. A programação, que se integra com o calendário da Igreja Católica, iniciou no dia 30 de março, no “Sábado de Aleluia”, e segue até o “Domingo do Senhor”.

A tradição é fomentada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com apoio da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo). Este ano, o investimento total foi na ordem de R$ 1,4 mihão; cada grupo cultural recebeu R$ 82 mil para a realização de suas programações.

Central do Marabaixo

Pelo segundo ano seguido, tradição, cultura e ancestralidade afro-amapaenses também foram celebradas pelo Governo do Estado com a Central do Marabaixo. Com direito a muita música e dança, o evento encantou o público no Centro de Cultura Negra Raimunda Ramos, em Macapá.

No espaço, os amapaenses e turistas conheceram a história e os elementos da cultura negra do estado, como a gengibirra, o cozidão, bandeiras, mastros, a murta e outros símbolos da expressão cultural criada e mantida pelas comunidades.

 

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