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Governo do Estado e ONU debatem políticas de proteção para refugiados nas regiões de fronteira do Amapá

Encontro no Palácio do Setentrião, em Macapá, reuniu gestores de diversas áreas de governo.

Por Winicius Tavares
30/05/2024 09h03

Segundo o sistema de tráfego internacional, o Amapá é um dos principais ponto de entrada de estrangeiros no Brasil

O Governo do Estado reuniu com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), nesta quarta, 29, no Palácio do Setentrião, em Macapá, onde foi apresentado dados e tendências de pessoas com necessidade de proteção internacional que transitam pelo Amapá e estão passando por violações dos direitos humanos.

O estudo faz parte das ações do poder público estadual em conjunto com os órgãos federais e internacionais para realizar uma recepção humanitária e humanizada das populações que adentram ao estado pelas fronteiras. 

Na reunião, foi debatida a implantação de políticas como o sistema de “Fronteiras Solidárias”, que consiste na oferta de uma estrutura de atendimento digno e seguro com serviços de assistência legal, jurídica, psicológica e acolhimento institucional para os deslocados. O tema será aprofundado na reunião da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça entre Brasil e França, nos dias 11 e 12 de junho, em Macapá. 

Segundo o sistema de tráfego internacional, desde 2023, Oiapoque, no extremo Norte do estado, é o terceiro principal ponto de entrada no Brasil para haitianos e cubanos. Quanto aos movimentos de saída, o município que faz fronteira com a Guina Francesa foi o segundo principal ponto para afegãos, sírios e marroquinos.  

“O Amapá ocupa um papel importante na região norte do Brasil, sendo um espaço de trânsito considerável para pessoas. É muito importante que o Governo do Estado una forças com outros atores da rede local para elaborar um plano de ação, uma política que possa ter um olhar diferenciado e garantir um atendimento adequado e digno para essas pessoas que estão entrando no território brasileiro, especialmente pela fronteira do Oiapoque”, destaca Janaina Galvão, chefe de Escritório do ACNUR, em Belém 

No levantamento, o município de Santana também registra um alto fluxo de saída de pessoas para outros locais do Brasil como Belém, Santarém e Região Centro Sul do país, e na América do Sul, como Argentina, Uruguai e Chile. 

De acordo com o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Marcelo Campos, o enfrentamento de ocorrências na região transfronteiriça, como tráfico de pessoas, é prioritariamente responsabilidade da Polícia Federal, mas os agentes da Polícia Militar e Polícia Civil atuam de maneira intensa em todo estado. 

“Atuamos não só no Oiapoque, mas em toda a nossa costa marítima. Esse fluxo migratório que passa por aqui também desencadeia um trabalho integrado para combater o tráfico de pessoas, verificando, em conjunto com os outros órgãos, qual a melhor forma de atuação nesses casos”, reforça Campos. 

Agência da ONU para Refugiados 

É uma organização humanitária dedicada a proteger e articular soluções duradouras para as pessoas que são forçadas a se deslocar por motivos de guerras, perseguições, conflitos ou graves e generalizada violações de direitos humanos. 

 

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