5º Fórum Nacional das Secretarias de Comunicação debate os impactos da inteligência artificial na informação pública
Encontro com secretários de 26 estados, em Brasília, também reforça o combate à desinformação e à violência no trânsito.
Encontro segue nesta quarta-feira, 6, com debates sobre o projeto de regulação da IA e casos de gestão de crises nos estados
O futuro da informação, com o avanço da inteligência artificial e o fortalecimento das ações de combate à desinformação e de campanhas por um trânsito mais seguro, estão sendo debatidos no 5º Fórum Nacional das Secretarias Estaduais de Comunicação, que teve início nesta terça-feira, 4, em Brasília, no Distrito Federal. O evento, que encerra nesta quarta-feira, 5, é promovido pelo Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Comunicação, criado para aprimorar a comunicação pública em todo o país.
"Iniciamos no Nordeste, passamos pelo Sul, Sudeste, Norte e agora as discussões são no Centro-Oeste. Estamos percorrendo o Brasil neste importante debate que é a comunicação pública, boa e direta ao cidadão, verdadeira e combatendo as mentiras. A gente acredita que tendo todos os estados reunidos faz toda a diferença para um comunicação pública de mais qualidade no país com foco na população", destaca Ilziane Launé, secretária de Estado da Comunicação e do Conselho.
Na abertura do encontro, o ministro interino da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Laércio Portela, destacou o fortalecimento do Fórum, que vem sendo um importante momento para troca de experiências e definições para o futuro da comunicação pública e as iniciativas do Governo Federal para combater notícias falsas no mundo digital e informar o cidadão sobre os benefícios reais das políticas públicas em cada região.
"Estamos realizando um esforço significativo para comunicar com as diferentes regiões do país, levando em consideração a diversidade cultural e a importância de abordar temas locais, buscando estabelecer uma comunicação mais próxima dos cidadãos. Também queremos estruturar a comunicação digital para lidar com fake news, incluindo a responsabilização daqueles que as espalham. É importante construir redes de comunicação pública para dar uma resposta articulada à desinformação. A transparência e a criação de campanhas publicitárias sobre fake news também são necessárias", enfatizou o ministro.
O presidente do Conselho das Secretarias Estaduais de Comunicação, André Curvelo, secretário de Comunicação da Bahia, trouxe para o primeiro dia do fórum a preocupação com a violência no trânsito que vitimiza milhares de pessoas em todo país e propôs uma campanha nacional de prevenção.
“Em algumas unidades da Federação, 62% dos leitos de tratamento intensivo dos hospitais públicos são ocupados por pessoas envolvidas em acidentes de trânsito. Por isso, as campanhas de mobilização pela paz no trânsito são uma das prioridades para as secretarias de comunicação”, enfatizou o presidente.
Painéis
Iniciando os debates, que tiveram como pontos principais a inteligência artificial (IA) na comunicação e a desinformação, que impacta diretamente na política e na vida dos cidadãos, o professor e cientista Silvio Meira, um dos maiores estudiosos sobre IA do Brasil, acompanhado da especialista em marketing digital Rosário Pompeia, destacou os impactos da ferramenta virtual no marketing político e na gestão pública.
"Hoje a inteligência artificial expandiu cada vez mais e se tornou um mecanismo com novas maneiras de interagir com vários públicos, a partir da segmentação. Criando campanhas direcionadas e identificando as tendências e sentimentos dos usuários das redes. Agora o dilema é saber como utilizá-la para um engajamento físico digital e social do cidadão para formação das políticas nos mandatos e governos de forma contínua. Entendendo que a gestão pública é transparente. Assim a IA também passa a ser uma ferramenta de auxílio no combate à desinformação", destacou, Silvio Meira.
Os painéis seguiram com apresentações e debates sobre a regulamentação da profissão de jornalista para garantia de direitos e responsabilidades, com o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Octávio Costa, relacionando a falta do critério como instrumento para o surgimento de notícias faltas que impactam a vida do cidadão.
Em ano de eleição, o ministro Alberto Balazeiro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), trouxe para o encontro a relação da fake news com a democracia no trabalho e o assédio eleitoral, onde o propósito foi destacar os direitos e responsabilidades de cada trabalhador em seu ambiente profissional.
Ainda no campo da desinformação on-line, Adalto Soares, coordenador de Comunicação e Informação da Unesco destacou o Plano de Ação para Regular as Plataformas de Redes Sociais, sem que deixe de cumprir o papel social de inclusão para as camadas mais vulneráveis da população.
Seguindo a linha de debate, os riscos de violação dos direitos humanos com a propagação das fake news, foi descrito com exemplos em casos reais pelo presidente do Conselho Nacional dos Procuradores Gerais de Justiça, Jarbas Soares, que só acredita no avanço criminal quando houver uma determinação clara da Justiça.
Para encerrar o primeiro dia do encontro, Marcelo Tokarski e Pedro Barbosa, da Opnus Pesquisa de Opinião e Mercado, apresentaram a importância das pesquisas como ferramenta de gestão pública, para nortear o rumo das ações políticas ao cidadão.
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