Profissionais de saúde aprendem sobre escorpiões, tipos de veneno e tratamentos durante capacitação do Governo do Amapá
Segundo dia do treinamento aconteceu no Museu Sacaca, com a participação de médicos, enfermeiros e técnicos atuantes nas unidades de saúde.
Resultados da atividade irão nortear o planejamento, monitoramento e distribuição dos soros nos municípios do estado
O Governo do Amapá finalizou nesta quinta-feira, 20, no auditório do Museu Sacaca, a capacitação de profissionais da saúde para atuarem no atendimento de vítimas de animais peçonhentos. Durante o segundo dia do evento, foi abordada a identificação de escorpiões, seus tipos de venenos, primeiros socorros e tratamentos adequados.
O treinamento é coordenado pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS) e reúne médicos, enfermeiros e técnicos que atuam nos distritos e nas unidades de saúde. Os resultados da atividade irão nortear o planejamento, monitoramento e distribuição dos soros nos municípios do estado.
O pediatra Ronaldo Dantas participou do evento, e destacou a constância de atendimentos que realiza de vítimas de acidentes por animais peçonhentos, como serpentes e escorpiões, no Hospital de Emergência Oswaldo Cruz (HE).
“O HE é a unidade de referência do estado para fazer o tratamento, a imunoterapia e a soroterapia adequadas. Quanto mais precocemente forem feitos os procedimentos, maiores as chances de sucesso do paciente, e esse treinamento é de grande importância para a atualização de novos conhecimentos e atuação imediata de média e alta complexidade”, ressaltou Dantas.A enfermeira e representante da Vigilância Epidemiológica de Laranjal do Jari, Yaraomin Silva, reforçou a importância da capacitação para profissionais que atendem em regiões de difícil acesso.
“Em alguns casos, por conta do percurso, são necessários dias para levar o atendimento ao paciente, mas essa capacitação traz segurança aos profissionais de saúde para orientação adequada e aplicação do soro antiofídico na área afetada. Temos muitos ribeirinhos e indígenas nos rios e florestas, locais comuns para a vivência de animais peçonhentos”, frisou Yaraomin.O superintendente da SVS, Cássio Peterka, destaca a necessidade de abordar temas específicos sobre os animais peçonhentos, explorando cada espécie e ação imediata diante de um acidente.
“Os acidentes por animais peçonhentos, especialmente por mordedura de serpentes, são uma realidade constante no estado. Populações que vivem em áreas rurais e em aldeias indígenas são as mais acometidas pela situação, por isso, o profissional da saúde precisa estar preparado para as adversidades”, ponderou Peterka.Durante o evento, também foi abordada a situação epidemiológica dos acidentes por animais peçonhentos no Brasil e no estado, a importância da notificação dos acidentes no Sistema Nacional de Informação (Sinan), a Rede de Frio no Amapá e a identificação de serpentes, insetos e animais aquáticos.
Resultados esperados
Entre os resultados esperados do treinamento de profissionais para atender vítimas de animais peçonhentos, estão:
- Redução da taxa de letalidade nos acidentes provocados por animais peçonhentos;
- Precisão, melhoria no diagnóstico e escolhas acertadas quanto às condutas clínicas para o tratamento soroterápico;
- Melhoria das notificações no Sinan e no Sistema de Informação de Insumos Estratégicos;
- Realização rotineira de análises dos indicadores epidemiológicos do programa estadual.
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