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Educação negra e indígena é tema de encontro no Amapá

Pouco mais de 400 pessoas, entre professores, estudantes, representantes de comunidades negras e indígenas, estiveram presentes no primeiro dia da programação.

Por Redação
26/10/2016 09h47

Evento prossegue nesta quarta-feira e encerra amanhã, no auditório do Sebrae, em Macapá

Aconteceu na noite desta terça-feira, 25, no auditório do Sebrae em Macapá, a abertura do 3º Encontro Estadual de Educação Quilombola. Pouco mais de 400 pessoas, entre professores, estudantes, representantes de comunidades negras e indígenas, estiveram presentes no primeiro dia da programação.

O evento é uma iniciativa do Governo do Estado do Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), com a Coordenadoria de Educação Específica (Ceesp) e Núcleo De Educação Étnico-Racial (Neer). A intenção é discutir durante os três dias de programação, a necessidade de valorizar a cultura dos povos indígenas e quilombolas por meio da educação.

A abertura contou com roda de capoeira, onde o público presente entoava versos que retratavam o período da escravidão. Teve ainda exposição de livros sobre a cultura indígena e de artesanato quilombola.

A conferência de abertura abordou o tema "A educação como instrumento de transformação social para a diversidade negra e indígena". A doutora em educação brasileira, Piedade Lino, do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros da Unifap, destacou a formação continuada dos professores sobre as culturas afro e indígena.

"É necessário que esses profissionais passem por uma formação continuada para que consigam entender os processos históricos, a dimensão da sociabilidade, da territorialidade e das tradições, para que possam transformar esse conhecimento em material didático para as escolas", pontuou.

Para a conferencista e professora da temática indígena na Universidade do Estado do Amapá (Ueap), Iranir Andrade, promover esse debate nas escolas também é importante, porque as problemáticas vão além da questão da terra e do extermínio dos índios.

"A cultura do índio precisa ser preservada. A gente quer que o índio seja empoderado, colocado na sociedade e que seja respeitado, acima de tudo. Queremos que propostas sejam efetivadas e colocadas em prática a partir desse encontro", ressaltou.

A terceira edição do encontro foi idealizada para ser um fórum de discussão, reflexão e proposições para as unidades escolares que se encontram em territórios étnicos no Amapá. 

"Nós queremos é que a sociedade como um todo conheça a temática étnico-racial, saiba que o Brasil é um país diversificado e, a partir daí, se empodere para alcançar um espaço melhor na sociedade", disse Sebastião Magalhães, secretário adjunto de Políticas Educacionais da Seed.

A programação segue nesta quarta-feira, 26, com oficinas, mostra de vídeos sobre a temática negra e indígena, além de excursão pelos principais pontos que representam a conquista da comunidade negra em Macapá. Na quinta-feira, 27, último dia de programação, terá uma roda de conversa com a participação de alunos sobre o tema "Nossa história, nosso território: uma abordagem pedagógica", e em seguida a escolha da marca da Rede de Escolas Quilombolas Estaduais, que será a identidade visual da organização.

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