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Escolas de tempo integral do Amapá superam desempenho do ano anterior

A avaliação foi feita por institutos parceiros do Governo do Estado, que atuam na implantação dessa aprendizagem diferenciada.

Por André Silva
03/07/2024 14h00

Os estudantes que frequentam escolas de tempo integral desenvolvem espírito de liderança

O Governo do Amapá participou de reunião on-line para fazer um balanço das ações de 2023 direcionadas à educação integral. Durante o debate, que incluiu as participações dos Instituto Sonho Grande e Natura, foram apresentados dados que destacam o desempenho dos alunos do ensino médio integral em comparação aos do ensino regular.

De acordo com dados do Ministério da Educação de 2019, os alunos do ensino médio integral têm melhores resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). As principais evidências mostram que o ensino médio integral (EMI), contribui para a redução da evasão escolar e aumenta a probabilidade de ingresso no ensino superior. Além disso, há uma redução nos índices de homicídios nas áreas onde este tipo de ensino é oferecido.

O impacto positivo do ensino médio integral para a sociedade é significativo, gerando um retorno seis vezes maior do que o custo do estudante para a sociedade. As escolas estaduais que adotaram essa modalidade, apresentaram resultados positivos em aprovações e menor taxa de abandono, em comparação às escolas de ensino regular.

Essas unidades de ensino oferecem uma aprendizagem diferenciada, com aulas dinâmicas e interativas, permitindo que o estudante aprenda na prática o conteúdo e desenvolva espírito de liderança.

Ferramentas de Avaliação

O Farol de Maturidade é uma ferramenta aplicada pelo Instituto Sonho Grande e é usada para aferir a maturidade das políticas públicas de educação. Desde 2021 é aplicada na Secretaria de Estado da Educação (Seed), especificamente na Gerência de Implantação das Escolas de Tempo Integral. 

O balanço de 2023 apresenta um panorama geral com sete eixos de avaliação: Aprendizagem (4,17), cobertura da rede quanto a matrículas no ensino médio (6,25), condições de operação no que tange estrutura física e de pessoal (6,92), gestão da implantação (5,38), monitoramento e avaliação (5,28), pedagógico (7,81) e político legal (4,31). Esses dados são comparados aos resultados de 2022.

Outro instrumento utilizado para avaliar os avanços na educação integral é a Pesquisa de Acompanhamento e Desenvolvimento do Integral (PADI). Dividida em quatro eixos, gestão escolar, execução do modelo, condições de operação (oferta de insumos, quadro da equipe escolar) e percepção da escola (como os estudantes avaliam o ensino), a PADI avalia a satisfação de acordo com a percepção da equipe escolar, gestores e alunos. No Amapá, a média de satisfação foi de 60,8%.

A secretária de educação, Sandra Casimiro, ressaltou a importância dos dados apresentados. 

" O balanço das ações reflete o compromisso do Amapá em promover uma educação integral de qualidade, buscando constantemente aprimorar as políticas e práticas educacionais para beneficiar todos os estudantes. Os dados mostram que estamos no caminho certo, ainda há muito o que fazer, mas estamos avançando e vamos continuar melhorando", ressaltou a secretária Sandra. 

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