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‘É uma honra e um sonho realizado’, diz mãe do personagem Menino Caldeirinha da Festa de São Tiago

O pequeno Heitor Jorge Videira, de 3 anos, é o escolhido, conforme a tradição da festa, com apoio do Governo do Amapá.

Por Alexandra Flexa
05/07/2024 13h15

O Menino Caldeirinha é um dos personagens mais importantes do enredo da história da Festa de São Tiago

Na Festa de São Tiago, que este ano completa 247 anos, o pequeno Heitor Jorge Nunes Videira, de apenas 3 anos, será o Menino Caldeirinha, um dos personagens mais importantes das encenações da tradicional programação histórica, que ocorre no município de Mazagão, com o apoio do Governo do Estado, e realizada pela comunidade, por meio do Instituto Cultural que organiza o evento.

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A mãe, Dorineide Nunes Videira, de 20 anos, declara que ver o filho representar o personagem do Caldeirinha é um sonho realizado para ela e sua família.

“O meu pai já faz parte dos rituais de apresentação. Estou muito honrada e feliz pela dádiva de ser mãe do Heitor e por ele interpretar esse personagem tão importante da nossa história. É um sonho realizado”, destacou Dorineide.

Conforme a tradição, o personagem Caldeirinha é interpretado por uma criança da comunidade de Mazagão Velho. Todos os anos, o nome é sorteado no dia 15 de agosto, dia de Nossa Senhora da Assunção, padroeira do município. As indumentárias usadas durante a encenação são confeccionadas pelas mãos da renomada e tradicional costureira Fátima Aleluia, que é responsável pelas vestimentas.

Heitor interpretará o menino-rei, que assume o trono após a morte trágica de seu pai, o Rei dos Mouros, que morre envenenado durante o Baile de Máscaras. A partir de então, o herdeiro passa a comandar as batalhas de guerra, que só se encerram após ser capturado pelos cristãos.

Tradição Cultural, Festa de São Tiago

Trazida da África no século 18, a Festa de São Tiago remonta à fundação da Vila de Mazagão Velho pela Coroa Portuguesa, no ano de 1770. Em Mazagão Velho, as batalhas entre mouros e cristãos começaram a ser encenadas em 1777, como forma de resgatar a memória da “Mazagão original”, uma colônia portuguesa no Marrocos, desativada e transferida para o Amapá.

Atualmente, a tradição movimenta a Vila de Mazagão durante 12 dias de programação, que inclui atividades religiosas, culturais (encenações teatrais), festas dançantes e atrações artísticas durante o dia, no balneário às margens do rio Mutuacá.

O momento mais aguardado da parte teatral ocorre nos dias 24 e 25 de julho, quando acontecem as representações das batalhas entre mouros e cristãos. Diversos episódios e personagens recontam, todos os anos, uma história de fé e heroísmo. É difícil para os espectadores não se encantarem com a “Entrega dos Presentes”, o Baile de Máscaras, a passagem do “Bobo Velho”, o início da Guerra, a descoberta e morte do Atalaia, a tomada do Estandarte, o Rei Caldeira, o Menino Caldeirinha e as figuras de São Tiago e São Jorge, que consolidam mais de dois séculos e quatro décadas de fé e devoção.

 

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