‘A floresta é a nossa vida’, diz produtora do Alto Araguari na Floresta Estadual do Amapá
Arlete Pantoja Leal, de 57 anos, é presidente da Associação de Mulheres Extrativistas Sementes do Araguari.
Segundo a presidente, Arlete Pantoja, as mulheres membros passam por cursos de capacitação para se qualificarem nas técnicas de produção
Moradoras do Alto Rio Araguari, localizado a 60 km da sede do município de Porto Grande, fazem parte da Floresta Estadual do Amapá (Flota/AP), que nesta sexta-feira, 12, completa 18 anos de criação. Dentro dos moldes da bioeconomia, as trabalhadoras fabricam produtos a partir da matéria-prima das árvores, sem agredir o meio ambiente, em uma iniciativa inserida no Plano de Gestão do Governo do Estado.
O desenvolvimento sustentável e a geração de emprego e renda, a partir de recursos naturais, são a realidade de 48 mulheres ribeirinhas que fazem parte da Associação de Mulheres Extrativistas Sementes do Araguari. A presidente do coletivo, Arlete Pantoja Leal, de 57 anos, ressalta que expandir a comercialização dos produtos é o sonho de todas.
“A floresta é a nossa vida. Nestes 18 anos da Flota, meu maior sentimento de orgulho é saber que transformamos nossas sementes em produtos com a floresta em pé e sem nenhum dano. Nós cuidamos para que ela se mantenha com todas as suas riquezas. Além disso, trabalhar com a bioeconomia abriu novas portas, e nosso objetivo é expandir nossa comercialização”, ressalta Arlete. 
Segundo a presidente da Associação, as mulheres membros passam por cursos de capacitação para se qualificarem nas técnicas de produção. Essa formação é realizada em parceria com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Floresta Estadual do Amapá e Desenvolvimento Sustentável
A Floresta Estadual do Amapá, criada em 12 de julho de 2006 pela Lei nº 1.028, é a maior unidade de conservação do estado. Sua finalidade é promover o uso sustentável dos recursos naturais, por meio de concessões para manejo florestal, extrativismo e serviços ambientais. Além disso, garante os direitos das comunidades tradicionais, como a Associação de Mulheres Ribeirinhas Moradoras do Alto Araguari.
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