Com incentivo do Governo do Estado a peregrinação das imagens de São Tiago e São Jorge inicia em Macapá
Nesta segunda-feira, 15, às 9h, será a celebração religiosa dos 247 anos da festividade no Palácio do Setentrião.
Imagens percorrem residências prédios públicos, empresas e retornam para Mazagão Velho, às 20h desta segunda-feira
Iniciou neste sábado, 13, com a transladação das imagens, direto da Vila de Mazagão Velho, a peregrinação de São Tiago e São Jorge em Macapá. Até esta segunda-feira, 15, a comitiva dos 247 anos da Festa de São Tiago irá percorrer residências de fiéis, prédios públicos e empresas. A passagem das imagens peregrinas na capital é uma forma de intensificar a divulgação e reforçar o convite para a tradicional festividade, de fé, devoção e história, que começa nesta terça-feira, 16.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA FESTA DE SÃO TIAGO
Pela programação, às 9 horas desta segunda-feira, será celebrada a missa solene no Salão Nobre do Palácio do Setentrião, sede do Governo do Amapá, momento em que a comissão será recebida pelo governador Clécio Luís e equipe de governo.
"Saímos de Mazagão Velho, levando para Macapá uma amostra do grandioso evento que fazemos todos os anos na nossa vila histórica", destaca a secretária do Instituto Cultural da Festa de São Tiago, Ana Lídia Riboli.
O retorno a Mazagão Velho está previsto para às 20 horas, quando a comunidade recepciona e conduz as imagens de São Tiago e São Jorge, em romaria, até à igreja de Nossa Senhora da Assunção, onde o translado é encerrado.
Tradição apoiada pelo Governo do Estado
A Festa de São Tiago, que acontece de 16 a 28 de julho, mistura rituais religiosos, cavalhadas e teatro a céu aberto para contar a aparição de Tiago como um soldado anônimo, que lutou ao lado dos cristãos na batalha contra os mouros. Durante esse período, a pacata vila de Mazagão Velho recebe milhares de visitantes para prestigiar as festividades.
A programação é realizada pela comunidade, através do Instituto Cultural, com apoio do Governo do Estado e Prefeitura de Mazagão. Este ano, a mais tradicional manifestação cultural e religiosa do Amapá completa 247 anos.
Sede do Governo do Amapá
Pelo segundo ano, a sede administrativa do Governo do Amapá será transferida, de maneira simbólica, para a Vila de Mazagão Velho, a exemplo de 2023. As decisões e atos do executivo estadual deverão ser tomadas e assinadas no Palácio Rio Mutuacá, espaço físico construído para essa finalidade e utilizado pelo Município durante o ano.
Direto da África
Trazida da África no século 18, a Festa de São Tiago remonta à fundação da Vila de Mazagão Velho pela Coroa Portuguesa, no ano de 1770. Na cidade, as batalhas entre mouros e cristãos começaram a ser encenadas em 1777, como forma de resgatar a memória do "Mazagão original", uma colônia portuguesa no Marrocos desativada e transferida para o Amapá.
Atualmente, a tradição movimenta a vila durante 12 de dias de programação, que inclui a parte religiosa, cultural, festas dançantes, além de atrações artísticas durante o dia, no balneário às margens do Rio Mutuacá.
O momento mais aguardado da festa é a parte teatral, nos dias 24 e 25 de julho, quando acontecem as representações das batalhas entre os mouros e cristãos. São diversos episódios e personagens para recontar, todos os anos, uma história de fé e heroísmo; difícil o espectador não se encantar com a "Entrega dos Presentes”, o “Baile de Máscaras”, a passagem do “Bobo Velho”, o início da Guerra, a descoberta e morte do Atalaia, a tomada do Estandarte, o Rei Caldeira, o Menino Caldeirinha e as figuras de São Tiago e São Jorge, que consolidam mais de dois séculos e quatro décadas de fé e devoção.
Festa exclusiva para as crianças
Durante os dias 27 e 28 de julho, as crianças têm uma festa protagonizada só por elas. Os pequenos repetem os rituais feitos pelos adultos dois dias antes, como forma de aprenderem a tradição que um dia será responsabilidade delas perpetuarem.
A Festa de São Tiago também conta com as figuras de São Tiago, São Jorge, Atalaia, Menino Caldeirinha e os mouros e cristãos. Elas encenam os episódios "montadas" em cavalinhos de miriti e enfeitados com papel de seda, confeccionados especialmente para os pequenos "cavaleiros".
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