Rede de Atendimento à Mulher do Governo do Amapá apoia família de vítima de feminicídio, no interior do Pará

No Brasil, das 1.467 vítimas de feminicídio, 63,6% eram negras, 71,1% tinham entre 18 e 44 anosUma importante articulação entre o Governo do Amapá, o Ministério das Mulheres e a Secretaria das Mulheres do Pará foi realizada para o atendimento e apoio aos familiares de uma vítima de feminicídio ocorrido no dia 1º de julho, na cidade de Uruará, interior do estado paraense.

Eliane Correia Ramos, de 32 anos, foi assassinada com uma arma de fogo pelo companheiro, com quem convivia há dois anos. Após tomar conhecimento da situação, por meio dos Movimentos Sociais, a equipe técnica da Secretaria de Políticas para Mulheres (Sepm), que integra a Rede de Atendimento à Mulher (RAM), se deslocou até o município de Tartarugalzinho, onde reside a família da vítima, para providenciar o acolhimento.

A gerente da RAM, Larissa Rocha, informou que foram realizados encaminhamentos dentro da Rede para que os familiares tivessem todo o suporte necessário neste momento de muita dificuldade.

“Solicitamos apoio de diversos órgãos municipais e estaduais do Amapá e Pará, além do suporte nacional pelo Ministério das Mulheres. A RAM fez encaminhamentos fundamentais para que a família fosse atendida e recebesse acolhimento e acompanhamentos imediatos”, explicou a gerente.

Em Tartarugalzinho, os agentes municipais, em articulação com a Sepm e a Secretaria Estadual de Assistência Social, providenciaram o auxílio-funeral e o transporte dos filhos de Eliane, de Uruará-PA, para o município. Além disso, foi dado suporte para a inclusão dos familiares nos serviços sociais do Governo do Estado, como o programa Renda Para Viver Melhor.

“Estamos dando todo o apoio para Dona Marcelina e os filhos de Eliane. A família já recebeu a visita das equipes multiprofissionais do Conselho Tutelar, das secretarias de Saúde e Educação, além do Centro de Referência em Assistência Social municipal. Agradeço ao Governo do Amapá por todo suporte diante de um caso tão difícil”, pontuou a secretária municipal das Mulheres de Tartarugalzinho, Evanilce Amorim.

Mãe da vítima, Marcelina Ramos Correia, agradeceu o trabalho dedicado e toda atenção e amparo recebido em um momento tão delicado e de muito sofrimento.

“Agradeço muito a Deus por essa ajuda que recebemos de todas essas mulheres guerreiras que nos ajudaram. Um grupo competente que luta para diminuir esse tipo de crime. Que sempre seja assim, que vocês continuem ajudando outras pessoas”, falou Marcelina, emocionada.

Feminicídio

No Brasil, o crime de feminicídio teve um aumento de 0,8%, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira, 18. Segundo a pesquisa, em 2023, das 1.467 vítimas de feminicídio, 63,6% eram negras e 71,1% tinham entre 18 e 44 anos.

A RAM é uma ferramenta de excelência do Governo do Estado, que trabalha no fortalecimento e proteção das mulheres. Composta por órgãos e entidades sociais, a Rede tem objetivo de prestar atendimento integral e humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo um atendimento eficaz.

A secretária de Políticas para Mulheres, Adriana Ramos, destacou que os atendimentos da RAM são fundamentais para o fortalecimento das políticas públicas, pois é uma iniciativa que ajuda a mobilizar os processos de forma mais rápida.

“A atuação da RAM no Amapá tem sido um diferencial dentro da política para as mulheres do governo Clécio Luís. Buscamos trabalhar de forma rápida e conjunta com os órgãos de defesa e direitos das mulheres, porque só vamos continuar avançando com muita união e dedicação,” destacou Adriana.

Serviços

A Gerência de Articulação da RAM funciona dentro do prédio administrativo da SEPM, na Rua São José, 1570, Centro de Macapá. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 18h. O contato pode ser feito pelo telefone (96) 98402-7649.

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