Baile dos Máscaras da Festa de São Tiago une história e diversão em Mazagão Velho

Marcando o fim do primeiro dia de encenações da Festa de São Tiago, em Mazagão Velho, o "Baile dos Máscaras" reuniu centenas de homens com diferentes fantasias e adereços para celebrar um dos pontos altos da programação, que tem o apoio do Governo do Amapá. A mistura de cores, com músicas e danças, agitou a comunidade na noite da quarta-feira, 24.

Na história bissecular, o baile é promovido pelos mouros para comemorar a vitória que achavam ter obtido com o suposto envenenamento dos soldados cristãos. Acontece que a tropa católica descobriu a armadilha e foram à festa para envenenar os inimigos com a própria comida.

Uma das grandes marcas do evento é não ter a presença feminina no meio do salão, seguindo a tradição da época, onde as mulheres não batalhavam nas guerras. Contudo, as damas podem acompanhar os cavalheiros do lado de fora do barracão onde acontece a celebração.

Governador Clécio Luís participou do Baile de Máscaras

Apesar de reunir a maioria dos moradores de Mazagão Velho, o baile dos mascarados é um atrativo para visitantes de outros municípios do estado, como é o caso do maqueiro Wilson Santos, de 32 anos, que todo ano percorre mais de 65 quilômetros para participar da festa tradicional.

"Frequento o Baile dos Máscaras há mais de duas décadas, e a cada ano que passa parece que fica mais lindo. Este ano, com o apoio do Governo do Estado, foi tudo muito legal, gostei da festa e consegui me divertir bastante", contou Santos.

Baile de Máscaras ocorreu na noite de quarta-feira, 24Do mais velho ao mais novo, a dança une as diferenças e aproxima as gerações. O universitário Raififan Nascimento, de 22 anos, participa todo ano da festividade e ressalta a oportunidade de seguir a tradição com mais de 247 anos de história.

"Eu venho todo ano em Mazagão Velho, acompanhado dos meus amigos e familiares para presenciar esse momento especial da Festa de São Tiago, uma tradição histórica. No entusiasmo dos mais jovens, unidos a experiência dos mais velhos, vamos levando essa cultura ancestral adiante", destaca Nascimento.

As máscaras são produzidas por moradores da comunidade dois meses antes da festa, sendo uma alternativa de empreendedorismo e fomento à economia local. Os adereços utilizam papel, goma de tapioca e argila, com diversos desenhos e formatos que remetem desde personagens de filmes de terror até super heróis.

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