Rádio Difusora e a Justiça do Amapá firmam cooperação para promover a comunicação com linguagem simples
A parceria irá 'traduzir' e veicular na rádio manuais, cartilhas e demais documentos do Tribunal de Justiça para atender comunidades ribeirinhas.
Por Pérola Pedrosa (Rádio Difusora), com a colaboração de Elton Tavares
Cooperação técnica entre a Rádio Difusora e Tribunal de Justiça do Amapá
A comunicação objetiva, com clareza e linguagem simples e acessível a todos, foi a motivação para um acordo firmado entre a Rádio Difusora de Macapá (RDM) e o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) na terça-feira, 30. O documento determina que documentos e demais conteúdos de comunicação do tribunal sejam disponibilizados para transmissão na rádio.
O acordo também inclui cartilhas, manuais, Ato Conjunto e demais ações da Justiça do Amapá, utilizando uma linguagem de fácil compreensão para a sociedade. A cooperação foi assinada pela diretora-presidente da RDM, a jornalista Ana Girlene Oliveira e o presidente do Tjap, desembargador Adão Carvalho.
A diretora-presidente da Rádio Difusora, Ana Girlene agradeceu ao Tjap pela confiança e garantiu que a equipe busca sempre levar aos ouvintes, redes sociais e ao site da emissora, uma comunicação de linguagem simples e que agora buscará reforçar a clareza e objetividade, levando a informação para todos os cidadãos.
“A acessibilidade é permitir que todos consigam entender, compreender, ter acesso e é simbólico esse termo de cooperação, que também vai nos orientar, capacitar e melhorar o nosso trabalho como comunicadores, como jornalistas, que sempre foi buscar uma forma de comunicação universal", destacou Ana Girlene.
A diretora celebrou, ainda, o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela rádio no Amapá e pontuou que a tradicional emissora continuará à disposição para "traduzir" a linguagem jurídica para a simples, do dia a dia.
"Somos a rádio que se comunica com as populações mais distantes, com a comunidade ribeirinha, que tem um linguajar próprio e que espera de todos nós essa capacidade de tradução, ainda que tenhamos que estudar um pouco para compreender aquela palavra e encontrar de forma mais simples uma expressão para que a mensagem do Judiciário chegue até lá", pontuou a diretora-presidente.
O presidente do Tjap, desembargador Adão Carvalho, ressaltou que a linguagem deve ser feita adequadamente para "o bom português", sem ser vulgar, mas de forma que possa ser entendida, e destacou a importância da imprensa em levar as informações a todos.
“Temos que ser claros, objetivos, práticos em se comunicar. A língua portuguesa é muito rica, uma palavra tem, às vezes, dezenas de significados, então em um contexto você tem que se expressar de forma adequada. Por isso é importante, o português ser usado não vulgarmente, mas adequadamente e sem uso de expressões técnicas, exacerbadas, palavras de língua que não seja portuguesa”, reforçou o presidente.
Diretora-presidente da Rádio Difusora, Ana Girlene e o presidente do Tjap, desembargador Adão Carvalho
O acordo segue as diretrizes do Pacto Nacional pela Linguagem Simples, lançado em dezembro de 2023 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também foi firmado, em 22 de julho, um acordo entre a RDM, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AP) e a Universidade Federal do Amapá (Unifap), para desenvolver protocolos de simplificação da linguagem em documentos oficiais, disseminar informações em linguagem simples, promover treinamentos, capacitações e realizar campanhas de conscientização e garantir acessibilidade para pessoas com deficiência.
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