Com rodadas de negócios, 1ª Feira Binacional de Oiapoque fortalece cooperação entre Brasil e França

Governador Clécio Luís participou da abertura da Feira Binacional de Oiapoque

A 1ª edição da Feira Binacional de Oiapoque, que iniciou na quarta-feira, 31, oportuniza novos negócios entre empreendedores do Amapá e da Guiana Francesa, para potencializar a economia na região unida pelo Rio Oiapoque. A programação, realizada pelo Governo do Estado e pelo Sebrae, acontece até sábado, 3, com entrada gratuita.

“A Feira Binacional de Oiapoque chama a atenção para essa realidade da fronteira, de uma trajetória empreendedora de negócios binacionais no dia a dia. Nós tivemos nesse ano muitos avanços com o retorno da cooperação transfronteiriça, sendo a mais produtiva de todos os tempos. Essa feira aponta para novos rumos de desenvolvimento e geração de emprego e de renda na fronteira do futuro”, destacou o governador Clécio Luís, que participou da abertura da programação.

Clécio Luís com a primeira dama, Priscilla Flores, e a secretária de Cultura, Clícia Di Miceli, conhecendo o artesanato

Com 40 expositores, a ideia é promover um espaço para impulsionar o comércio, serviços, indústria, turismo e a economia criativa da região, por meio de rodadas de negócios entre os empreendedores brasileiros e guianenses, de apresentações culturais e da exposição do artesanato local.

“Estou muito feliz de ver que essa relação binacional é possível. Temos muito a fazer para essa região, que precisa ser preservada e transformada em potência econômica, o que impacta na saúde, cultura e esporte. Nesta fronteira com o Brasil queremos construir pontes, ao invés de barreiras”, evidenciou a chefe da delegação francesa, Tiarrah Steenwinkel, vice-presidente da Coletividade Territorial da Guiana (CTG).

O evento tem apoio do senador Randolfe Rodrigues, por meio de emenda parlamentar de R$ 440 mil, e conta com parceria da Associação Comercial de Oiapoque, Prefeitura Municipal de Oiapoque, CTG, Câmara de Comércio e Indústria da Guiana, e Sindicato das Empresas de Turismo do Estado do Amapá (Sindetur-AP).

“Em um ano de retomada dessa relação, já temos um consulado francês estabelecido em Macapá, produtos sustentáveis de madeira exportado lá pelos portos de Caiena, além da longa relação desses povos unidos pelo Rio Oiapoque. Vamos ter a primeira universidade binacional, a retomada da pavimentação da BR-156, e em breve, conseguiremos saber a riqueza de petróleo que temos na costa do Amapá. Futuro mais que promissor está pela frente, temos muito a caminhar para vencer e ter prosperidade”, citou o senador Randolfe.

Randolfe Rodrigues, senador do Amapá

As relações e a vitrine proporcionadas pela feira beneficiam grandes empresas, mas principalmente as micro e pequenas empresas.

“Esse evento marca uma nova etapa da relação de aproximação entre Oiapoque e Guiana Francesa. Os dois lados têm condições para fazer a economia crescer, superando dificuldades. Essa feira fortalece a união desses povos, indica que o trabalho está dando certo e que vai proporcionar ainda mais projetos de sucesso”, citou o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae em exercício, Jurandil Juarez.

Ideia é criar e potencializar parcerias de negócios entre empreendedores do Brasil e da Guiana Francesa

A Feira Binacional de Oiapoque integra o Plano do Governo como estratégia de desenvolvimento social e econômico para o Amapá. Com as possibilidades ofertadas pela região, o Estado deve ampliar essa estratégia, integrando negócios de países do arco norte, como Suriname, Guiana e Venezuela.

“Devem sair daqui bons negócios para ambos os países. Enquanto entidade, nós estamos aqui atentos, incentivando que esse comércio realmente possa progredir. Essa grande feira tem o viés de desenvolver a economia e o comércio do lado brasileiro e francês”, destacou Ladislao Monte, presidente da Federação do Comércio do Amapá (Fecomércio).

A programação segue até domingo, com exposição de empreendimentos e programação cultural. O evento acontece no antigo Espaço Embratel, na Rua Presidente Getúlio Vargas, n° 711, Centro, das 17h às 23h.

Apresentações culturais misturaram ritmos amapaense e guianense

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