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Governo do Estado discute estratégias sobre prevenção à mortalidade materna no Amapá

Principais causas de morte de mães são hemorragias, transtornos hipertensivos, consequências de abortos e infecção puerperal.

Por Paolla Gualberto
10/08/2024 06h00

Evento discutiu estratégias para combater a mortalidade materna no AmapáO Governo do Estado realizou na sexta-feira, 9, no auditório da Faculdade Estácio, o primeiro seminário de prevenção à mortalidade materna no Amapá. O evento promoveu o debate sobre a importância dos cuidados no período pré-natal e no pós-parto para a saúde da mãe e do bebê.

O encontro reuniu especialistas locais e nacionais, acadêmicos e profissionais da saúde, que juntos partilharam informações e experiências sobre a temática. A programação do evento contou com rodas de conversa, apresentação de dados regionais e capacitações para profissionais da saúde.

A secretária adjunta de Atenção à Saúde, Cássia Klein, pontua que o momento é uma grande oportunidade para os profissionais estarem preparados e atualizados para garantir uma assistência especializada às pacientes.

"Nós precisamos discutir e revisar nossos protocolos e atendimentos, para que a gente consiga explorar cada vez mais a saúde materno-infantil. Desde o incentivo ao parto normal até o acompanhamento pós-parto", enfatizou a secretária.

Secretária adjunta de Atenção à Saúde, Cássia Klein

A palestrante Esther Vilela, é médica obstetra e uma das grandes referências no Sistema Único de Saúde (SUS) sobre os cuidados para a redução de morte materna. Ela parabeniza a iniciativa do Estado e reforça a importância de ampliar as discussões relacionadas ao tema.

"A morte materna é um evento complexo, porque envolve cuidados, estrutura, instâncias geográficas e muitos outros componentes que envolvem a saúde da mulher. É preciso uma mobilização entre estados, municípios e sociedade civil como um todo, para que tenhamos resultados efetivos e visíveis contra esses índices. Isso tudo começa aqui, com todos reunidos e engajados nesse evento", detalha a médica e palestrante.

Médica obstetra e palestrante, Esther Vilela

Os pontos mais discutidos durante o evento foram sobre os avanços e estratégias para combater a mortalidade materna, acesso à rede de saúde, cuidados obstétricos, fatores relacionados à mortalidade e saúde sexual.

"É muito importante que hoje estejamos em um evento como esse, discutindo as causas da mortalidade materna e o que estamos fazendo sobre esses dados. É um encontro de retomada dessas discussões, que por muito tempo ficaram apagadas e soltas", relatou o enfermeiro obstetra, Ronaldo Sales.

Enfermeiro obstetra, Ronaldo Sales

No Amapá, de acordo com dados de 2018 a 2023, as principais causas de morte materna foram ocasionadas por hemorragias, transtornos hipertensivos, abortos e infecção puerperal, representando 81,7% dos casos. Entre os municípios com maior incidência, estão Macapá, Santana e Laranjal do Jari.

"Apesar dos avanços nos últimos tempos, a mortalidade materna ainda se constitui como um grave problema de saúde pública. Por isso, o seminário cumpre um importante objetivo nesse quesito, subsidiando o desenvolvimento de políticas públicas e ações estratégicas para combater a mortalidade materna", afirmou a responsável técnica estadual da Saúde da Mulher, Rosa Natália. 

Além dos temas abordados, o evento marcou o fortalecimento do Comitê Estadual de Mortalidade Materna, que retornou com as atividades em janeiro de 2024. O grupo formado por profissionais da saúde, conselhos de classe, sociedade civil e gestores públicos, é responsável por desenvolver estratégias de prevenção e monitoramento dos casos no estado.

Responsável técnica estadual da Saúde da Mulher, Rosa Natália

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