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SEGURANÇA PÚBLICA

Governo do Amapá participa de mobilização nacional para identificar e encontrar pessoas desaparecidas

Iniciativa acontece até esta sexta-feira, 30, ocasião em que é celebrado o Dia Internacional da Pessoa Desaparecida.

Por Marcelle Corrêa
29/08/2024 08h30

Procedimento realizado para recolher material biológico dos familiaresCom o objetivo de encontrar respostas para centenas de famílias que buscam por familiares desaparecidos, o Governo do Amapá participa, até esta sexta-feira, 30, da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas. A ação acontece em cerca de 300 pontos de coleta espalhados por todo o Brasil.

No Amapá, a mobilização acontece de maneira integrada entre a Polícia Científica e Polícia Civil em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A programação é em alusão ao Dia Internacional da Pessoa Desaparecida.

A campanha ocorre em três etapas, utilizando técnicas de identificação genética e papiloscópicas. Na primeira fase, as amostras de DNA dos familiares de desaparecidos serão coletadas por meio da saliva e registradas no Banco Nacional de Perfis Genéticos.

Na segunda etapa, haverá o recolhimento de impressões digitais e de material genético de pessoas vivas com identidade desconhecida. A última fase constará de uma pesquisa das impressões digitais de corpos não identificados, que serão comparados com os registros existentes nos bancos nacionais de biometrias.

A saliva recolhida é utilizada para encontrar familiares desaparecidos

As pessoas que têm familiares desaparecidos e queiram realizar a coleta, podem ir até a sede da Polícia Científica, no bairro São Lazaro, no horário de 7h30 até às 13h30.

Marcos Ferreira, diretor da Polícia Científica do Amapá “Quem está procurando por uma pessoa e registrou um boletim de ocorrência, deve trazer esse documento, mais sua identificação para fazer a coleta do DNA. A equipe de peritos do nosso laboratório está preparada para fazer o procedimento e enviar os dados para os registros nacionais e Interpol. É importante falar que esse material deve ser dos familiares de primeiro grau, ou seja, pai, mãe e filhos", esclareceu o diretor geral da Polícia Científica, Marcos Ferreira.

O boletim de ocorrência pode ser registrado em qualquer delegacia da Polícia Civil e por meio da internet, no site da instituição, pela Delegacia Virtual.

Desaparecidos 

No Amapá, o Núcleo de Investigações de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil informou que até terça-feira, 26, haviam sido registrados 275 boletins de ocorrências. O Ministério da Justiça divulgou que no Brasil, entre janeiro e agosto de 2024, desapareceram 45.670 pessoas, sendo 29.498 do sexo masculino e 15.833, do feminino. 

O delegado Leonardo Fabrício Leite, coordenador do Núcleo de Investigações de Pessoas Desaparecidas e titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), alerta para a campanha "Não espere 24h", que enfatiza que o desaparecimento de uma pessoa pode ser comunicado a qualquer momento para a autoridade policial.

Leonardo Fabrício Leite, coordenador do Núcleo de Investigações de Pessoas Desaparecidas"A importância dessa campanha é conscientizarmos a população que não existe prazo para que o desaparecimento seja registrado, pois para que a Polícia Civil inicie a investigação, é necessário ter sido formalmente notificado. A partir daí, efetuamos as diligências necessárias para a localização do desaparecido e tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Científica vão ter meios para coletar o material genético do solicitante", informou Leite.

 Coleta

Para recolher a amostra da saliva é utilizado um pequeno equipamento que é inserido na boca do solicitante. O processo é indolor e rápido e as amostras fornecidas voluntariamente pelos parentes serão utilizadas, exclusivamente, na identificação dos entes sumidos, garante Gilcilene Costa, gerente da Qualidade do Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica.

Gilcilene Costa, gerente da Qualidade do Laboratório de Genetica Forense da PCA

"O procedimento não dói. Nesse aparelho há uma esponja específica que recolhe células da bochecha e, em seguida, essas amostras são processadas para obtermos o perfil genético do familiar. O material será comparado com amostras de cadáveres não reconhecidos, não reclamados, de pessoas que estão em unidades de saúde, em assistência social, pessoas acamadas, entubadas, com transtornos mentais e com o banco nacional de amostras", frisou Gilcilene. 

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