Governador Clécio Luís recebe delegação do Suriname na 53ª Expofeira do Amapá e fortalece cooperação na fronteira
Pela primeira vez na história, estado recepciona representante institucional do país vizinho em missão oficial para dialogar políticas integradas.
Governador do Estado, Clécio Luís, e o cônsul-geral do Suriname, Wendell Alphons, reuníram na 53ª Expofeira do AmapáNesta segunda-feira, 2, durante a 53ª Expofeira do Amapá, a maior feira de negócios da Amazônia, o governador Clécio Luís recebeu uma delegação do Suriname, chefiada pelo cônsul geral do país no Brasil, Wendell Alphons. Esta é a primeira vez que o estado recebe um representante surinamês em missão oficial.
O encontro teve o objetivo de estreitar laços de cooperação econômica, cultural e social, em pautas como segurança, educação, ciência, cultura, exportação e importação de produtos. A agenda é um desdobramento de uma visita da comitiva do Governo do Estado ao Suriname em fevereiro deste ano, coordenada pela Secretaria de Estado da Cultura e de Relações Internacionais e Comercio Exterior.
"Esse encontro que nós estamos realizando na Expofeira é muito importante, mas poderia ser em qualquer dia e a qualquer momento do ano. Ocasiões como essa ajudam a sinalizar o quão nós queremos fortalecer as nossas relações institucionais e com isso gerar frutos que sejam na cultura, segurança pública e dos negócios, tal qual estamos fazendo com a Guiana Francesa. Já existe uma cooperação no mundo real entre pessoas que moram no Amapá e no Suriname, e nós queremos institucionalizar cada vez mais essa relação", destacou o governador Clécio Luís.
Encontro representa o início das relações diplomáticas entre as duas naçõesEm um ato de reciprocidade, o governador Clécio Luís anunciou que fará uma visita ao país no dia 31 de outubro, para dar continuidade aos diálogos iniciados no encontro inédito. Atualmente, estima-se que entre 40 a 60 mil brasileiros vivam no Suriname.
Durante a reunião, o cônsul surinamês expôs a ideia de adicionar o Amapá à lista dos destinos turísticos populares do povo surinamense, que no período de férias costumam frequentar o Brasil, mas em cidades como Belém e Fortaleza, além da filiação de cidades irmãs entre o Amapá e o distrito de Sipaliwini, para ser a base de todas as cooperações entre os países.
Cônsul geral do Suriname no Brasil, Wendell Alphons"Era muito importante para o Suriname fazer negócios com o Amapá, um vizinho com povo parecido, que tem muitos produtos que podemos exportar e avançar na criação de negócios. Convido os amapaenses para verem o que temos no Suriname, esta será a primeira de muitas visitas que faremos ao Amapá", declarou Alphons.
O Suriname possui 52 quilômetros de fronteira com o leste do Amapá e o restante com o estado do Pará. Não há estradas que liguem os dois países, pois a fronteira é coberta por barreiras naturais e áreas de conservação indígena. A criação de rotas de navegação e integração também foi uma das pautas debatidas no encontro, reconhecendo o esforço mútuo para a melhora das relações econômicas e comerciais entre as nações.
Também integram a delegação do Suriname que veio ao Amapá, a assistente do Ministério de Relações Exteriores do Suriname, Andjelie Gajadhar, e a conselheira política do Departamento de Cultura do Ministério da Educação, Ciência e Cultura do Suriname, Ranu Rameswar.
Secretários de Estado também participaram da reunião, assim como outros membros da delegação do Suriname
Relação histórica entre Suriname e Brasil
As relações diplomáticas entre Brasil e Suriname começaram em 1975, após a independência do país surinamês. Um acordo de cooperação científica e tecnológica foi assinado no ano seguinte em áreas como agricultura, geologia, saúde, infraestrutura, energia, comércio, segurança e defesa, sendo esta última um pilar fundamental.
O governador Clécio Luís anunciou uma visita ao país em 31 de outubro, para dar continuidade aos diálogos iniciados no encontro inédito
Ela voltou e cresceu!
Com uma estrutura maior e a presença de mais empreendedores, a 53ª Expofeira do Amapá se consolida como a maior feira de negócios da Amazônia. Para os 11 dias de evento, foram montados palcos, pavilhões, arenas, praças de alimentação, parque de diversão e espaços agrícolas e rurais.
Com foco no desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental, a área total passou de 181,5 mil metros quadrados para 231 mil. A participação de empreendedores individuais e microempreendedores foi ampliada de 521 para 700. Além disso, 532 empresas vão disponibilizar produtos e serviços ao público.
A 53ª Expofeira conta com a parceria do Ministério do Turismo, dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), Serviço Social do Comércio (Sesc), CEA Equatorial, distribuidora Caribeña e da Associação dos Municípios do Amapá.
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