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ESTIAGEM

Governo do Amapá decreta situação de emergência pela seca em todo o estado

Medida busca enfrentar impactos severos da estiagem e prevê ação integrada dos órgãos estaduais.

Por Alexandra Flexa
25/10/2024 17h00

Situação de emergência tem validade de 180 dias e levou em conta que a seca e a propagação de focos de incêndioO período prolongado de estiagem, ocasionando prejuízos expressivos à pecuária, pesca e à agricultura deste ano levaram o Governo do Estado a decretar situação de emergência no Amapá. O documento, assinado pelo governador Clécio Luís, prevê ação integrada dos órgãos estaduais, com ajuda humanitária e apoio a famílias afetadas, sobretudo, nas comunidades ribeirinhas.

“Esse foi um ano bem diferente do ano passado, quando toda a Amazônia e nós aqui também corremos atrás do prejuízo. Este ano nós nos prevenimos, montamos um grupo de trabalho ainda do primeiro semestre e começamos a trabalhar na prevenção, na educação e também na repressão. O resultado foi muito bom, e agora, como os efeitos da estiagem se intensificam mais, nós decretamos situação de emergência para continuar com a prevenção, a repressão quando houver crime, mas principalmente, conseguir socorrer os pescadores, agricultores, comunidades tradicionais, ribeirinhas que estão sendo afetadas pelos efeitos da estiagem”, reforçou o governador Clécio Luís.

Governador Clécio Luís decretou situação de emergência pela estiagem em todo o estadoA medida, com validade de 180 dias, levou em conta que a seca tem influenciado diretamente na propagação de focos de incêndios e causado prejuízos ambientais e econômicos, conforme parecer técnico da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Amapá (Cedec).

O baixo índice pluviométrico de rios, afluentes e igarapés, que se deve ao período do verão amazônico agravados pelo fenômeno El Nino, vêm provocando seca e estiagem, resultando na diminuição da disponibilidade de água para consumo humano, agricultura e pecuária.

Até o momento, os locais identificados como mais críticos é o arquipélago do Bailique, em Macapá, atingido pelo fenômeno da salinização da água no Rio Amazonas e os municípios de Porto Grande e Oiapoque, afetados pela forte estiagem que atingiu o lençol freático e ocasionou a baixa dos rios. Devido a esses fatores, a população dessas regiões já enfrenta a falta de água. A mesma situação também atinge os moradores da Vila do Sucuriju, município de Amapá.

As ações de emergência serão individuais de acordo com a necessidade de cada município O governador Clécio Luís destacou que o decreto é válido para todo o estado, mas é individualizado para cada município, ou seja, de acordo com a realidade onde estiver ocorrendo a estiagem e seus efeitos.

A Cedec será responsável pelas ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução, garantindo assistência às famílias atingidas e promovendo medidas preventivas, visando a educação e sensibilização da população para risco das queimadas e do uso consciente dos recursos hídricos.

O Governo do Estado já alinhou ações humanitárias que levarão vários serviços como o abastecimento de água potável, entrega de água mineral e kits de alimentos. Em Oiapoque, aldeias indígenas já sentem os impactos das altas temperaturas, na Região dos Lagos os municípios de área costeira sofrem pela salinização e seca dos rios.

Sema capacitou 26 brigadistas para atuarem nas frentes de trabalho

Ações preventivas e de combate

Em relação a 2023, o Amapá foi menos afetado este ano pelos focos de incêndios, devido a um conjunto de ações da gestão envolvendo várias instituições. O trabalho de vigilância das áreas mais críticas afetas pelos efeitos da estiagem é feito na Sala de Situação, que funciona dentro do quartel do Corpo de Bombeiros Militar, usada para enfrentar desastres e eventos extremos.

Monitoramento via satélitesO acompanhamento funciona em tempo real via sistemas de satélites. Além disso, a Operação Amapá Verde - Protetor dos Biomas atua ativamente com 13 bases de combate aos focos de calor.

Entre as iniciativas estão ainda o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Amapá; criação do Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate à Estiagem e Incêndios Florestais e a capacitou 26 brigadistas para atuarem nas frentes de trabalho.

Governo do Estado criou o Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate à Estiagem e Incêndios FlorestaisComitê Interinstitucional

Como uma das medidas preventivas e de enfrentamento a forte estiagem que se agrava no mês de outubro e novembro, o Governo do Estado criou o Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate à Estiagem e Incêndios Florestais, composto por várias instituições e coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) que instalou uma Sala de Situação para o monitoramento dos focos de incêndios nos municípios.

O Comitê Interinstitucional se reúne uma vez por semana para apresentar dados, informações, diagnósticos sobre pontos críticos e planejar estratégias eficazes no período de seca no estado. As instituições trabalham de forma integrada para preparar o estado a enfrentar os desafios da estimativa prevista para os meses de outubro e novembro.

Secretária de Meio Ambiente, Taisa MendonçaEssa cooperação entre as equipes e meio ambiente é fundamental para garantir a segurança da população, por meio de ações preventivas e planejadas. 

“Nossas conjuntas têm como objetivo garantir que as comunidades mais vulneráveis recebam todo o apoio necessário durante o período de estiagem, priorizando a preservação da saúde e do bem-estar”, ressaltou a secretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa Mendonça.

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