Governo do Amapá entrega cartões de fomento para contemplados pelo programa 'Afrocientista'
Iniciativa está investindo mais R$ 500 mil para o desenvolvimento de pesquisas científicas.
Iniciativa aconteceu durante o '1º Encontro dos Quilombos do Amapá'Nesta sexta-feira, 8, o Governo do Estado realizou a entrega dos cartões de fomento para os 35 pesquisadores e 35 acadêmicos contemplados pelo programa 'Afrocientista' do Amapá. A solenidade ocorreu dentro da programação do "1º Encontro dos Quilombos do Amapá", na comunidade do Rosa, no KM-24 da BR-156, na Zona Norte de Macapá.
Com um investimento de R$ 504 mil, a iniciativa é coordenada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap) e visa incentivar a criação de novos projetos de pesquisa e inovação que abordem questões étnico-raciais, promovendo a inclusão e o desenvolvimento científico entre a população negra amapaense.
“O Afrocientista é nossa grande pauta social, é uma resposta do Governo do Estado, cujo objetivo é gerar indicadores e dados, por meio da ciência, para pautar as políticas públicas da atual gestão para reduzir as desigualdades sociais através do desenvolvimento de pesquisas e projetos inovadores”, destacou o diretor-presidente da Fapeap, Gutemberg Silva.
Diretor-presidente da Fapeap, Gutemberg Silva
Para a acadêmica Yasmim Figueiredo, de 22 anos, do curso de história da Universidade Federal do Amapá (Unifap), o programa vai possibilitar a realização de um estudo de resgate à presença negra no estado.
“Essa pesquisa que será desenvolvida será muito rica, porque vai abordar a história colonial, resgatando a cultura negra amapaense e levando essas informações de volta para as comunidades. Desta forma, a gente poderá devolver para a sociedade o que é de direito dela, que são as próprias raízes”, destacou a acadêmica.
Acadêmica do curso de história da Unifap, Yasmim Figueiredo, de 22 anos
Para a realização do projeto, a estudante contará com a orientação do professor Paulo Cambraia, da Unifap, que também foi beneficiado pelo programa Afrocientista. O educador acredita que a iniciativa irá contribuir, significativamente, para ampliar as ações de inclusão e promoção do povo negro no estado.
“Em uma sociedade que historicamente as populações negras sempre viveram alijadas, sempre tiveram extrema dificuldade de acesso à produção do conhecimento, um programa como esse é extremamente importante, porque garante a continuidade de jovens negros, que hoje estão na universidade, dentro da academia e, mais do que isso, projeta a formação de futuros pesquisadores negros”, pontuou o docente.
Professor da Unifap, Paulo Cambraia
Proafro
O programa ‘Afrocientista’ prevê ações permanentes de acesso à pesquisa e inovação para populações negras e quilombolas, criando oportunidades de inserção no mercado de ciência e tecnologia e garantir a igualdade racial em diversos setores, como educação, cultura, infraestrutura e saneamento básico.
Através dos cartões entregues pelo Governo do Amapá, os pesquisadores e estudantes poderão acessar os recursos disponibilizados para o desenvolvimento das pesquisas e projetos, que deverão ser concluídos durante um prazo de 12 meses.
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