Governo do Amapá encerra audiências públicas com diagnóstico do Plano Diretor da Bacia do Rio Araguari, em Macapá 

Governo do Estado encerra série de audiências públicas da Bacia do Rio Araguari com apresentação de prognósticoO Governo do Estado encerrou nesta sexta-feira, 8, a série de audiências públicas para a elaboração do Plano Diretor dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Araguari, em Macapá. A iniciativa, no formato escuta ativa, buscou dialogar com gestores e representantes da sociedade civil que debateram e concluíram o prognóstico conforme a realidade de cada município de abrangência da bacia. 

As audiências, coordenadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), percorreram os municípios de Pedra Branca do Amapari, Amapá, Ferreira Gomes e Macapá. O documento vai definir as diretrizes de gestão e de utilização dos recursos hídricos para garantir o desenvolvimento sustentável da região de acordo com suas peculiaridades e que as gerações futuras tenham garantido a possibilidade de utilização dos recursos hídricos. 
 
“A elaboração do Plano Diretor de forma participativa garante a segurança das comunidades que vivem do uso do recurso natural. Além disso, o diálogo aponta ações de desenvolvimento sustentável conforme a realidade de cada região”, pontuou a secretária de Estado do Meio Ambiente, Taísa Mendonça. 

Audiências públicas foram realizadas com diálogo participativo

O Plano proporcionará aos usuários diretos e indiretos do recurso uma visão mais ampla sobre o uso da água e possibilidades futuras de gestão sustentável, atuando em conjunto com a Eletrobrás, propulsora do plano.

“Nas audiências, foram apresentados os dados do diagnóstico levantados na bacia do Rio Araguari como a disponibilidade hídrica superficial e dos aquíferos para sabermos a quantidade de água que podemos utilizar. Agora, estamos na fase do prognóstico para fazermos o encurtamento dos rios consoante a sua utilização. A próxima etapa é a elaboração de planos e programas que vamos implementar para chegarmos ao rio que nós queremos”, explicou o coordenador de Gestão de Recursos Hídricos da Sema, Fabrício Borges. 

Coordenador de Gestão de Recursos Hídricos da Sema, Fabrício BorgesA Sema segue coordenando as etapas de construção do Plano, com apresentação do diagnóstico e prognóstico inicial do uso da Bacia Hidrográfica, o qual está sendo construído em conjunto com a sociedade civil, órgãos gestores ligados ao recurso e demais usuários.

O analista ambiental do Departamento de Meio Ambiente da Expansão da Eletrobrás, Luís Henrique Vilaça, detalha que a Eletrobrás vem trabalhando no sentido de promover o desenvolvimento sustentável da região. 

“O Rio Araguari é uma conte de riquezas com a geração de energia, então, preocupados com a sustentabilidade da bacia hidrográfica do Araguari, a Eletrobrás fez uma parceria com a Sema para, com ela, definir o Plano Diretor que vai definir as diretrizes e utilização da água do rio daquela região”, enfatizou Vilaça.

Analista ambiental do Departamento de Meio Ambiente da Expansão da Eletrobrás, Luís Henrique Vilaça

O representante da Colônia Z3 do município de Cutias do Araguari, Antoniel Sarmento Vilhena, afirma que a iniciativa é crucial para a vida dos moradores que vivem na região.

“A Bacia Hidrográfica do Araguari é uma riqueza natural que também sofre os impactos da estiagem, e isso gera um desiquilíbrio econômico e social. Então, entendemos que as reuniões participativas são fundamentais para a tomada de qualquer decisão e o respeito a cada realidade”, destacou Vilhena.

Representante da Colônia Z3 do município de Cutias do Araguari, Antoniel Sarmento

Bacia Hidrográfica do Rio Araguari 

O Amapá possui uma das malhas hídricas mais ricas da Amazônia, a Bacia Hidrográfica do Rio Araguari é a mais importante com aproximadamente 42.710 quilômetros de área. Além disso, ocupa cerca de um terço da área total do estado com uma extensão de 300 quilômetros, desde sua nascente na Serra do Tumucumaque, até a sua foz que faz limite com o Oceano Atlântico. 

A Bacia do Araguari abrange 11 municípios: Amapá, Calçoene, Cutias, Ferreira Gomes, Itaubal do Piririm, Macapá, Pedra Branca, Porto Grande, Pracuúba, Serra do Navio e Tartarugalzinho. O Plano da Bacia faz uma grande interface sociocultural. Por essa razão tal escuta se faz tão importante pelos aspectos sociais, econômicos e culturais que estão intrinsecamente conectados.  

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