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Aluno de escola estadual cria barco acessível e vai representar o Amapá em feira de ciências em Santa Catarina

Protótipo, desenvolvido na Escola Estadual Professor José Ribamar Pestana, em Santana, consiste na adaptação total de um navio para pessoas com deficiência.

Por Ana Anspach
26/12/2024 06h00

Alerrando da Silva Souza, de 15 anos, é o autor do projetoUm projeto de acessibilidade desenvolvido pelo aluno Alerrando da Silva Souza, de 15 anos, e orientado pela professora Laudicléia Pires, da Escola Estadual Professor José Ribamar Pestana, em Santana, visa o acesso e a inclusão de Pessoas Com Deficiência (PCD) nas embarcações da Amazônia.

Projeto foi apresentado para cadeirantesO projeto teve início por meio de conversas nas aulas de metodologias restaurativas, na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE). O aluno, que tem necessidades específicas, viaja constantemente de barco pelos rios amazônicos e percebeu a dificuldade que idosos, autistas, obesos e pessoas com algum tipo de limitação física e mental têm de se deslocar no interior das embarcações.

“Tenho orgulho do que projetei e preciso registrar que tive apoio da escola, da orientadora e da minha família. O projeto está tendo visibilidade, nunca viajei para outro estado, mas ano que vem, graças à ele, representarei o Amapá em uma feira que acontecerá em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina”, destacou Souza, que passou para o 2º ano do ensino médio. 

Todos os itens de acessibilidade foram feitos pelo idealizador do projeto O barco acessível foi premiado na 12ª Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap). Ele recebeu uma quantia em dinheiro e o credenciamento para participar da Feira Brasileira de Iniciação Científica (Febic), que vai ocorrer em Santa Catarina, em 2025.

A orientadora, Laudicléia Pires, também foi inspiração para o projeto de Alerrando. Ela conta que foi cadeirante por cinco anos devido a um tumor na medula. Ela relatou as dificuldades vividas neste período para o aluno, que a surpreendeu com o o barco acessível.

Alerrando Souza e a orientadora Laudicléia Pires “Devido à sua paixão por barcos e querendo ajudar as pessoas, surgiu a ideia inovadora do protótipo. O projeto é real e viável, garantindo tanto a inclusão, quanto a acessibilidade, além disso quebra barreiras, pois foi concebido por um aluno com altas habilidades, o que demonstra que ele é capaz de construir, criar, inovar e desenvolver suas habilidades, apesar das limitações”, frisou Laudicléia.

O barco possui estrutura arquitetônica e serviços para garantir as Leis sobre os Direitos e Segurança das Pessoas com Deficiência (PCD), como elevador, pisos táteis, banheiros com infraestrutura, camarotes para pessoas idosas e autistas, equipados com barras de apoio, eletroeletrônicos e brinquedos, respectivamente.

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