‘Feliz em colaborar com quem precisa’, diz voluntário do distrito do Bailique ao doar no Hemoap, em Macapá

José Façanha, de 51 anos, viajou do distrito do Bailique até o Centro de Macapá para doarCom o tema “Toda vida é importante para alguém. Doe sangue, mesmo sem saber para quem”, o Dia Nacional de Doação de Sangue é celebrado nesta segunda-feira, 25, e o Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap), que tem a média de 50 a 60 doadores por dia, reforçou o ato de solidariedade.

Entre os doadores no Hemoap pela manhã, José Façanha, de 51 anos, não mediu esforços para dar, mais uma vez, uma contribuição que pode salvar vidas. Morador do arquipélago do Bailique, distrito de Macapá, ele afirmou que realiza a prática voluntária desde os 16 anos.

“Quando eu tinha 8 anos e fiquei doente, precisei de uma bolsa de sangue. Por uma ação generosa de uma pessoa pude permanecer vivo. Então, depois desse tempo, vi como que uma pequena ação é importante para salvar vidas, e hoje, neste dia especial, fico feliz de mais uma vez poder colaborar com quem precisa”, relatou José Façanha emocionado.

A jovem Cássia Rebeca, de 24 anos, também doouAlém de José, a jovem Cássia Rebeca, de 24 anos, também aproveitou a oportunidade para ajudar as pessoas que dependem do sangue nos hospitais. Para ela, a iniciativa é uma forma de resguardar a vida do próximo.

"É a segunda vez que doo sangue este ano, é uma forma de vejo que posso ajudar outras pessoas. O meu avô um dia já precisou de bolsa de sangue quando estava internado para realizar uma cirurgia, mas infelizmente não resistiu", reforçou Cássia.

Hemoap recebe, em média, 50 a 60 doadores por diaO Hemoap tem sido fundamental para o fornecimento de hemocomponentes aos hospitais públicos e privados do Amapá. A partir dos hemocomponentes, derivados sanguíneos obtidos por meio de processos físicos, como centrifugação e congelamento, um doador pode salvar até quatro vidas.

“Dentro dos nossos laboratórios o sangue é separado em 4 componentes que podem ser usados separadamente em até quatro pessoas. Então, um homem adulto que vem quatro vezes por ano, multiplicado por quatro componentes, consegue ajudar 16 pessoas em um ano”, explicou o diretor-presidente do instituto, Eldren Lage.

Diretor-presidente do instituto, Eldren LageO aumento de pessoas que vão doar sangue também dependem de ações públicas incentivadoras na sociedade para trazer visibilidade e estimular ações humanitárias, como o Dia Nacional do Doador, que foi estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para destacar e valorizar a importância dos atos constantes de solidariedade, além de estimular pessoas a adotarem a dinâmica. 

“A OMS diz que se 3 a 5% da população forem doadores de sangue, os hospitais vão ter sangue suficiente para atender toda a demanda. Hoje temos algo em torno de 2%, continua abaixo, mas nós temos tido avanços. Na gestão atual, aumentamos em 7% o número de doadores com as campanhas que começamos nas ruas. Levamos o Hemoap em eventos, fizemos campanhas públicas educativas nas ruas, começamos a levar para dentro das empresas”, enfatizou Eldren.

Neste ano, campanha de doação tem o tema “Toda vida é importante para alguém. Doe sangue, mesmo sem saber para quem”

Critérios básicos para doação de sangue:

• Estar em boas condições de saúde;
• Não ter apresentado sintomas de gripe nos últimos 14 dias;
• Não ter positivado para Covid-19 nos últimos 10 dias;
• Ter entre 16 e 69 anos;
• A idade máxima para a primeira doação de sangue é 60 anos. Os candidatos que já tiverem doado pelo menos uma vez antes dos 60 anos poderão doar até a idade de 69 anos;
• Para menores de 18 anos é necessário assinatura no termo de consentimento do responsável legal;
• Usar máscara no ato da doação;
• Pesar no mínimo 50kg;
• Documento Oficial com Foto;
• Estar descansado (ter dormido pelo menos 6h na noite anterior);
• Estar bem alimentado e descansado;
• Não ingerir bebida alcoólica no mínimo 12h antes da doação.

Foto: Nayana Magalhães/GEA

Doação

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