Governo do Amapá faz busca ativa e emite mais de 100 novas carteiras para artesãos indígenas
Ação alimenta o banco de dados nacional com informações atualizadas sobre as tipologias usadas, e reconhece como profissionais do artesanato.
Indígenas Clemilda Batista Felipe e Arawaje Waiana Apalai exibem a identidade nacional de artesãs profissionaisComo parte da política de reconhecimento e valorização do artesanato amapaense, o Governo do Amapá intensificou a busca ativa de artesãos indígenas, a maioria do município de Oiapoque, no extremo Norte do estado. Foram 117 beneficiados com o cadastro, emissão e entrega da carteira nacional de artesão.
A ação foi coordenada pela Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete), por meio da Coordenadoria Estadual do Artesanato, e contou com a parceira da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi) e do Museu Kuahí.
O trabalho foi realizado de 22 a 30 de novembro e fez parte da programação do 2º Festival e Feira Cultural dos Povos Indígenas do Amapá e do Norte do Pará, realizado em Oiapoque. Os novos artesãos indígenas são das etnias Karipuna, Galibi Marworno, Galibi Kali'na, Palikur, Tiriyó, Kaxuyana e Wayana Apalai.
Foram cadastrados 17 na aldeia do Manga, 9 na aldeia Galibi Kali'na, 13 na aldeia Samaúma, 9 na aldeia Tukay, 12 na aldeia Ywawká, 7 na aldeia Anawerá, 2 na aldeia Tuluhí, 1 na aldeia kahapá, 1 na aldeia Piquiá, e 46 na sede do munícipio de Oiapoque (Museu Kuahí).
Colares, brincos e pulseiras expostos pela indígena Arawaje Waiana Apalai, de 46 anosUma das indígenas reconhecidas como artesã profissional na busca ativa foi a Arawaje Waiana Apalai, de 46 anos, da Aldeia Bona. Ela pertencente a terra indígena Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e Paru D´Este e atua há mais de 10 anos na produção de colares, brincos e pulseiras feitos com sementes e miçangas.
“O artesanato é uma tradição familiar que busco preservar e manter viva a atividade para as novas gerações. Ter o reconhecimento nacional e receber do Governo do Estado a carteira de artesão é um desejo realizado", disse a artesã.
Clemilda Batista Felipe, 50 anos, da aldeia do Manga, terra indígena Uaçá, também ganhou a carteira nacional de artesão. O artesanato é a principal atividade dela há mais de uma década e vem da tradição familiar.
“Há anos trabalho com a confecção de colares, pulseiras e brincos. Agora com o reconhecimento nacional, como artesã, vai abrir novos horizontes para que eu possa mostrar minha arte em nível local, nacional e quem sabe internacional”, destacou Clemilda.
Clemilda Batista Felipe, 50 anos, da Aldeia do Manga, terra indígena Uaçá, também ganhou a carteira nacional de artesãoA carteira nacional de artesão é emitida pelo Programa de Artesanato Brasileiro (PAB). O Governo do Estado é responsável pela busca ativa, teste de habilidade do artesão, cadastro e alimentar as informações no banco de dados nacional para a emissão do documento.
A partir da carteira, o artesão poderá concorrer a editais estaduais, nacionais e internacional de feiras, participar de oficinas de qualificação e de fomento, entre outros benefícios.
“Estamos percorrendo os municípios para identificar e cadastrar novos artesãos. A ação faz parte do Plano de Governo da gestão, que tem por finalidade o reconhecimento profissional dos artesãos amapaenses para que possam ser incluídos nas políticas de qualificação, fomento e incentivo”, finalizou Junielson Pessoa, coordenador estadual do Artesanato.
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