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MEMÓRIA VIVA

'O artesanato foi uma válvula de escape contra a depressão', conta artesã amapaense durante o projeto Mestre na Casa

Maria Servita mostrou ao público da Casa do Artesão, como recuperou a vontade de viver com técnica de esqueletização de folhas e flores.

Por João Clésio
10/12/2024 06h00

Maria Servita Fôro de Almeida, foi a segunda artista a participar do 'Mestre na Casa', do Governo do AmapáCom a finalidade de valorizar e reconhecer as histórias, técnicas e tradições da memória viva do artesanato amapaense, o Governo do Estado realizou a 2ª edição do "Mestre na Casa". Maria Servita Fôro de Almeida, de 69 anos, carinhosamente chamada de “Vita”, foi a segunda mestre artesã a participar do projeto. Ela contou como encontrou na arte uma razão para viver ao interagir com os visitantes da Casa do Artesão, em Macapá.

O artesanato surgiu na vida de Maria Servita como terapia para superar um quadro depressivo pós-parto. Com 37 anos de profissão, a artesã domina como poucos, a técnica de esqueletização de folhas e flores para a confecção de peças artesanais.

O processo consiste em remover a parte carnosa das folhas, deixando apenas a estrutura esquelética. O resultado é uma folha seca e transparente que permite a confecção de diversas peças decorativas.

Mestra artesã explicou o processo de esqueletização de folhas e floresA matéria-prima utilizada é encontrada em abundância na natureza, como fibras de buriti, tururi, coco, bananeira e demais plantas como castanha do Brasil, milho, mangueira etc. Uma das criações é a fabricação de papel a partir da folha da bananeira.

O artesanato surgiu na vida de Maria Servita como terapia para superar um quadro depressivo“Costumo dizer que o artesanato, em minha vida, foi uma espécie de válvula de escape contra a depressão. Fico muito agradecida em contar um pouco da minha trajetória com artesã no quadro Mestre na Casa. Ensinei, ministrei cursos e oficinas e repassei minhas técnicas para milhares de pessoas nos 16 municípios do Estado. É um reconhecimento que nos orgulha e demostra a sensibilidade e a atenção que o governo dá para o segmento”, acrescentou a mestra artesã, Maria Servita.

A Livy Real, da cidade de Mongaguá, em São Paulo, estava em visita à Casa do Artesão Amapaense e acompanhou a palestra. Ele ficou encantada com a história da mestra “Vita” e conheceu de perto, a técnica utiliazda.

De São Paulo, a turista Livy Real conheceu de perto a técnica da mestre artesã em visita a Casa do Artesão"Eu tive a oportunidade de ver de perto uma profissional com um vasto e rico conhecimento sobre artesanato, em especial da técnica de esqueletização de folhas e flores. Como é bom ter um governo que tem esse olhar para salvaguardar a memória do artesanato”, comentou Livy.

O bate-papo com a mestra artesã, Maria Servita, foi mediado pelo secretário do Trabalho e Empreendedorismo (Sete), Ezequias Costa. Ele destacou a importância do momento para a salvaguarda do artesanato do Amapá.

Ezequias Costa, secretário do Trabalho e Empreendedorismo do Amapá “Estamos percorrendo os municípios na busca ativa por novos artesãos. É uma ação que tem por objetivo cadastrar esses profissionais e reconhecê-los como artesãos e suas respectivas tipologias. O projeto Mestre na Casa é parte desse processo de reconhecimento e valorização do artesão e de sua obra”, avaliou o gestor.

A programação do Mestre na Casa encerra no dia 28 de dezembro, das 15h às 18h, com uma bate-papo com a mestra artesã, Marciana Nonata, da comunidade do Maruanum, área rural de Macapá.

Os visitantes da Casa do Artesão Amapaense vão conhecer um pouco da técnica de produção de louças com o uso de argila. A mestra artesã, Rosângela Nascimento, do Quilombo de Artes Tapuia, foi a primeira a estrear o projeto no dia 23 de novembro.

Quadro na galeria

O encerramento da segunda edição do projeto Mestre na Casa foi marcado pela inclusão do quadro, com foto e informações da artesã Maria Servita, na Exposição Mestres Artesãos do Amapá, que fica na Casa do Artesão, um dos principais pontos turísticos da orla de Macapá.

Momento em que a mestra artesã, Maria Servita, passou a integrar a Exposição Mestres Artesãos do Amapá, na Casa do Artesão

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