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Ministérios do Desenvolvimento Regional e Agrário lançam linha de crédito para a agricultura familiar, com apoio do Governo do Amapá

Beneficiários das regiões Centro-Oeste e Norte do país podem usar acessar até R$ 35 mil para implantação, ampliação ou modernização de infraestrutura rural.

Por Weverton Façanha
10/12/2024 13h15

Momento contou com a assinatura dos primeiros contratos para produtores da agricultura familiarOs Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e Agrário lançaram uma linha de microcrédito para estimular a agricultura familiar nas regiões Centro-Oeste e Norte do país, na segunda-feira 9. O evento, que contou com a participação do Governo do Amapá, ocorreu na comunidade Quilombola do Mel da Pedreira, na zona rural de Macapá.

Estão previstos investimentos de R$ 300 milhões em recursos financeiros operacionalizados pela Caixa Econômica Federal (CEF). Cada produtor poderá acessar até R$ 35 mil em condições especiais. A iniciativa abrange os estados do Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, na Região Norte, e Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste.

Ministro Waldez Góes“Incentivar a agricultura familiar é pensar no pequeno produtor que abastece parte do mercado nacional. Esse programa vai focar em amenizar as dificuldades dos homens e mulheres do campo. Nosso objetivo é auxiliar no crescimento daqueles produtores que necessitam sobre de um crédito para alavancar sua produtividade”, enfatizou o ministro do MIDR, Waldez Góes.

Presente no lançamento, o governador Clécio Luís pontuou que o programa fortalece o desenvolvimento econômico na ponta, com a possibilidade de melhorias nas atividades realizadas por produtores da agricultura familiar.

Governador Clécio Luís participou do anúncio“É algo que vai servir para Amazônia e para o Brasil e, por isso, consideramos um momento ímpar aqui na comunidade. Vamos colocar nossas instituições para operar os créditos junto aos bancos e atender o nosso produtor”, destacou o governador Clécio Luís.

O programa faz parte de uma série de iniciativas para promover a inclusão de famílias e isso inclui pequenos agricultores familiares, assentados, comunidades indígenas e quilombolas, que enfrentam dificuldades para arcar com os custos e o tempo de deslocamento até os centros urbanos. 

“Esses investimentos que estão chegando vão mudar a vida de muitos de nossos produtores, que muitas das vezes precisam somente de um incentivo para se fortalecer e isso vai acontecer. Tudo isso acontece em função da organização do Estado, que favorece a entrada de recursos”, declarou o senador Davi Alcolumbre.

O programa faz parte de uma série de iniciativas para promover a inclusão de famílias produtorasPara acessar o microcrédito, a família precisa estar inscrita no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), instrumento utilizado para identificar o público beneficiário com acesso à linha de Microcrédito Produtivo Rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf B). Todas as condições vão seguir o Manual de Crédito Rural (MCR).

Diretor-presidente do Rurap, Jorge Rafael“Com diversos órgãos públicos e privados alinhados para auxiliar o pequeno produtor teremos um impulso muito grande na agricultura familiar do estado. Para isso ocorrer, o Rurap já está trabalhando para emitir os documentos necessários para que o produtor seja reconhecido ao nível nacional e assim, acessar os créditos”, reforçou o diretor-presidente do Rurap, Jorge Rafael.

As taxas do programa são diferenciadas do mercado e com juros de 0,5% ao ano, com prazo de até três anos para pagamento e bônus de adimplência. Isso significa que o agricultor que acessar o crédito e pagar em dia poderá obter descontos de 25% a 40% e renovar no ano seguinte. Os limites do microcrédito foram definidos como R$ 15 mil para mulher chefe de família; R$ 12 mil para famílias comandadas por homens; R$ 8 mil para jovem entre 16 e 29 anos.

Pescadora e agricultora, Maria de Nazaré“É muito importante para nós, não somente para o produtor, mas também para o pescador. Agora poderemos ter recursos que melhorem nossas condições de trabalho e assim criamos uma forma de buscar uma maior renda”, comemorou a pescadora e agricultora, Maria de Nazaré. 

O evento contou com a presença dos presidentes da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira e do Banco da Amazônia (Basa), Luís Moreira; dos deputados Jesus Pontes e Goreth Souza; além de secretários de Estado, prefeitos, vereadores e líderes comunitários.    

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