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DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE

Governo do Amapá apresenta cadeias produtivas locais e avança na construção do Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia 

Projeto busca fortalecer o potencial dos produtos amapaenses para alcance do desenvolvimento sustentável. 

Por Cristiane Nascimento
17/12/2024 18h35

O encontro marca mais uma etapa da construção do Plano Estadual de Apoio à SociobioeconomiaO encontro marca mais uma etapa da construção do Plano Estadual de Apoio à SociobioeconomiaFoto: Nayana Magalhães/GEAPara discutir as bases de construção do Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia (PEAS), o Governo do Amapá realizou nesta terça-feira, 17, uma oficina de trabalho que vai atuar na continuidade da elaboração do instrumento. 

O encontro ocorreu na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em Macapá, e contou com a participação de diferentes setores no debate sobre os potenciais do Amapá para o desenvolvimento sustentável, em antecipação a COP da Amazônia, que ocorre em Belém (PA), em 2023.

Secretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa MendonçaSecretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa MendonçaFoto: Nayana Magalhães/GEA"O Governo do Estado já realizou dois workshops e nós tivemos uma participação muito ativa, não só dos secretários de governo, mas também de órgãos como Embrapa, Unifap, cooperativas, e da sociedade civil optando nesse setor. Nós estamos apresentando um diagnóstico e os potenciais que o Amapá tem, assim avançamos na construção desse plano e temos interesse em que na COP30, a gente possa apresentar esse plano já finalizado", destacou a secretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa Mendonça.

Encontro reuniu representantes de setores da sociobioeconomia para discutir temas em antecipação a COP da AmazôniaEncontro reuniu representantes de setores da sociobioeconomia para discutir temas em antecipação a COP da AmazôniaFoto: Nayana Magalhães/GEAO projeto mapeia o mercado de uso sustentável e busca fortalecer as atividades que transformam matéria-prima em produtos, incluindo a distribuição aos consumidores. Entre as principais cadeias identificadas, estudadas e avaliadas com fortes potenciais, estão o açaí, a madeira, o pescado e a mandioca, base alimentar da população tradicional, herdada dos povos indígenas. 

A iniciativa possibilita, ainda, discussões acerca do resultado dos estudos já realizados e indica diretrizes estratégicas para a prática da economia da floresta aliada à sua sociobiodiversidade.

Projeto mapeia o mercado de uso sustentável e busca fortalecer as atividades que transformam matéria-prima em produtosProjeto mapeia o mercado de uso sustentável e busca fortalecer as atividades que transformam matéria-prima em produtosFoto: Nayana Magalhães/GEAO processo de elaboração do PEAS, foi apresentado pelo Governo do Amapá na 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que ocorreu no Azerbaijão com a presença de centenas de líderes mundiais. Na ocasião foi assinado um acordo de cooperação técnica entre o Governo do Estado e a Conservação Internacional do Brasil CI-Brasil. 

Consultor contratado pela GCF, Sérgio MoreiraConsultor contratado pela GCF, Sérgio MoreiraFoto: Nayana Magalhães/GEA"Aprendemos com os amapaenses e sistematizamos esse conhecimento obtido para podermos sair da teoria e propor ações efetivas que melhorem a vida das pessoas trazendo oportunidades de geração de emprego e renda. A COP30 em 2025, é uma chance única para apresentar o Amapá como os maiores recursos da biodiversidade do mundo e nós queremos ela seja geradora de oportunidades para esse povo", detalhou o consultor contratado pela GCF, Sérgio Moreira.

O Plano 

Instituído por meio de decreto assinado em junho pelo governador Clécio Luís, o plano está sendo desenvolvido por dez órgãos e secretarias do Governo do Estado, com apoio da Força-Tarefa de Governadores para o Clima e Florestas (GCF), da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional e do Centro Internacional de Agricultura Tropical.

O desenvolvimento do plano já passou pelas etapas de levantamento e análise inicial da produção de bioeconomia já existente; criação de rede institucional no governo; mapeamento de empreendedores, comunidades tradicionais e especialistas; estudo das cadeias produtivas, possibilidades e desafios de expansão; e workshops para discutir e co-criar o Plano Estadual.

Diretor-presidente do Rurap, Jorge Rafael AlmeidaDiretor-presidente do Rurap, Jorge Rafael AlmeidaFoto: Nayana Magalhães/GEA“Esse momento é fundamental porque reúne os atores da academia, do setor produtivo e ambiental do estado para pensar em conjunto e definir estratégias e metas para que as políticas públicas tenham um direcionamento e nós da extensão rural temos o dever de participar desse momento”, ressaltou o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), Jorge Rafael Almeida.

A expansão da bioeconomia no Amapá representa uma oportunidade para o desenvolvimento do estado, permitindo que a riqueza da floresta seja usada de forma responsável e inovadora, melhorando a qualidade de vida das pessoas e a economia do estado. 

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