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Fábrica de cimento pode baratear preço e impulsionar a construção civil no Estado

Interligação de infraestrutura de transporte e escoamento pela Ponte da Integração vai favorecer abastecimento do mercado local.

Por Redação
15/12/2016 16h33

Com a infraestrutura de transporte e escoamento da produção interligada pela Ponte da Integração Washington Santos, o município de Mazagão começou a se preparar para receber empreendimentos de grande porte.

O primeiro deles será uma indústria de investidores internacionais, que pretendem instalar no município uma fábrica de cimento. Além de gerar oportunidades de emprego e renda, o negócio promete incidir positivamente na construção civil do Amapá, já que a fábrica deve abastecer o mercado local, o que pode baratear o preço do produto, e por consequência, impulsionar o setor.

“O cimento que abastece o mercado local é comprado fora do Estado e os fornecedores têm que pagar pelo frete. Com a produção sendo local, não haveria mais necessidade deste gasto, por isso a tendência seria baixar de preço. Além disso, a fábrica vai poder usufruir dos benefícios da Área de Livre Comercio. Então, há a expectativa de uma baixa no preço do produto localmente”, analisou o vice-presidente da Agência Amapá de Desenvolvimento Econômico, Joselito Abrantes.

De acordo com ele, a fábrica pertence a um grupo de investidores turco, o Medcem Global Pazarlama A.S. O empreendimento já está registrado na Junta Comercial do Amapá. Além de cimento, o grupo atua nos setores têxtil, de energia, papel e varejo, com receita anual de 4 bilhões de dólares. Atualmente os negócios estão espalhados pela Turquia, Rússia, África do Sul, México, Holanda Colômbia, e agora no Brasil, no município de Mazagão (AP).

O projeto em Mazagão terá investimento inicial com capital próprio de R$ 30 milhões para estabelecer uma base industrial e construir um porto e um retroporto. A expectativa de faturamento mensal dos investidores é R$ 20 milhões. Para isso, a indústria vai empregar 300 profissionais diretos, que irão contribuir para uma produção de 50 mil toneladas de cimento por mês.

“Além destes postos de trabalho, que deverão ser contratados a partir da mão de obra local, gerando empregos para os trabalhadores de Mazagão, Santana e até mesmo de Macapá, a contrapartida social da empresa também é de construir aparelhos sociais, como creches e escolas”, explicou o vice-presidente da Agência Amapá.

Segundo ele, para o Estado e município a estimativa de arrecadação anual é de R$ 40 milhões com o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e de R$ 4,8 milhões com o Imposto Sobre Serviços (ISS).

A previsão para o início de operação da fábrica é para o ano de 2018. Contudo, já na fase de instalação, o empreendimento vai gerar postos de trabalho com a construção da base industrial e do porto, por onde os investidores pretendem escoar parte da produção para mercados internos e internacionais.

Distrito Industrial

A fábrica de cimento vai ocupar 50 hectares (ha) dos 610 ha do Distrito Industrial (DI) de Mazagão, cujo terreno está localizado à margem esquerda do Rio Amazonas entre o Furo do Beija-Flor e o Rio Vila Nova.

Segundo a Agência Amapá, está em fase de conclusão o processo de repasse da área da União para o município. Depois disso, o poder municipal poderá autorizar o início da construção da fábrica.

Abrantes explicou que o projeto do DI para Mazagão surgiu a partir da demanda de empresas que necessitavam de um espaço industrial com características portuárias, que permitissem a ancoragem de navios e que, sobretudo, tivesse atrativos fiscais. Além da fábrica de cimento, uma empresa de logística também pretende se instalar no DI de Mazagão.

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