Curso de costura da escola Mário Quirino é destaque em formatura de alunos em Macapá
Projeto "Elas Costurando Vidas, Sonhos e Esperança" resgata sonhos, promove inclusão e celebra o empreendedorismo feminino e formou 100 alunas.
A cerimônia de formatura da Escola Estadual Mário Quirino da Silva, do bairro Novo Buritizal, em Macapá, foi palco de uma celebração emocionante. A formatura de 300 alunos reuniu famílias, professores e autoridades no Templo Central da Assembleia de Deus, no Centro da capital. Entre os formandos, um grupo de 100 mulheres, entre mães, alunas e moradoras da comunidade, foram destaque ao concluírem o curso de costura Marias: “Elas Costurando Vidas, Sonhos e Esperança”.
Criado para promover a inclusão e capacitar mulheres para o mercado de trabalho, a iniciativa é uma oportunidade de transformação pessoal e profissional. Maria Gete Monteiro, de 73 anos, foi uma das formandas. Na ocasião, a costureira que é uma das mais experientes da turma, externou a sua felicidade por conseguir a formação.
“Nunca é tarde para aprender e mudar de vida. Realizo um sonho que sempre tive e posso dizer que minha vida mudou para melhor”, declarou Maria Gete.
A história do projeto começa com a visão da diretora da escola, Gisele Braz, que identificou na costura uma forma de impactar vidas. Para coordenar a iniciativa, a gestora encontrou em Helenice Guimarães a pessoa certa. Com mais de 40 anos de experiência na costura, a profissional aceitou o desafio.
“Quando cheguei na escola, a diretora me levou até a sala do projeto. Ao abrir a porta, senti uma alegria imensa no coração. Ela me contou sobre o sonho dela de ajudar essas mulheres e aquilo me tocou profundamente. Pensei que eu posso contribuir, posso ensinar algo que aprendi ao longo da vida", contou Helenice, emocionada.
As aulas começam do zero, ensinando as alunas a costurar no papel antes de passar para o tecido. Inicialmente com a confecção dos uniformes escolares, muitas chegam sem nunca ter tocado em uma máquina de costura, mas saem do curso capacitadas e confeccionando peças completas. As alunas ganham confiança e autonomia, algumas alunas abriram seus próprios ateliês, demonstrando como a educação pode transformar vidas.
Cada formanda carrega uma história única, marcada por trajetórias de muito esforço e determinação. Maria Gete, por exemplo, começou na costura com uma antiga máquina chamada “vovozinha”. Hoje, com cinco máquinas e um ateliê montado em casa, ela atende clientes e realiza sonhos, produzindo cuecas, camisas, saias, um pouco de tudo.
O curso vai além da capacitação técnica, é um espaço de acolhimento, apoio e fortalecimento emocional. O sucesso do projeto é resultado de um esforço coletivo, que inclui parcerias com instituições como o Sebrae Amapá. O projeto capacita e fortalece a autoestima e a independência das participantes.
“Eu era vigilante, mas passei por dificuldades financeiras e decidi tentar algo novo. No curso, aprendi desde uniformes escolares até roupas sociais. Hoje, tenho meu próprio ateliê e já estou ganhando meu dinheirinho. Esse certificado vai abrir ainda mais portas para mim”, afirmou a formanda Simone do Rosário.
Novas turmas para fevereiro já estão em planejamento e a expectativa é ampliar o impacto na comunidade. O projeto é para mulheres que querem a chance de aprender e crescer. O público é variado, desde mães, jovens, homens, qualquer pessoa que queira mudar sua história através da costura.
Além disso, as formandas celebraram a formação e olham para o futuro com esperança. A noite, marcada por alegria, destacou a educação como uma ferramenta poderosa capaz de transformar vidas.
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