‘Tudo que foi solicitado já foi feito’, defende governador Clécio Luís sobre exploração de petróleo no Amapá à imprensa nacional
Em entrevista ao programa CNN Notícias, gestor posicionou o estado na discussão nacional sobre o tema, além de debater estratégias para a COP da Amazônia e segurança pública.
Em destaque na imprensa nacional, o governador do Amapá, Clécio Luís, voltou a defender os estudos de prospecção e a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Durante o programa CNN Noticias nesta segunda-feira, 13, o gestor comentou a declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que se diz confiante para operação, que está travada desde o ano passado, começar ainda em 2025.
O governador informou que falta apenas um item no processo, que é construção de uma segunda casa de fauna em Oiapoque, cuja obra está em estágio avançado, e que, segundo ele, poderia ter sido incluída como uma condicionante para acelerar o processo. A prospecção na Margem Equatorial depende da autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Acredito que será liberado em breve, mas o breve para gente não é ficar aguardando de braços cruzados, é agora, esse mês, esse ano, pois tudo o que foi pedido pelo Ibama, a Petrobras já respondeu ou já fez. Tudo que foi solicitado já foi feito. Os pontos pendentes já foram ajustados. Nós não queremos apenas ficar à mercê do tempo ou de medidas protelatórias”, defendeu Clécio Luís.
O governador ainda reiterou que o Estado não aceitará a justificativa de que, devido ao foco na Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) no Pará, as ações relacionadas ao setor sejam adiadas para o próximo ano.
A principal demanda é pela continuidade das simulações, especialmente as de acidentes, fundamentais para desenvolver um plano de pronta resposta eficaz, e a pesquisa sobre a quantidade e tipo de petróleo encontrado continua sendo uma prioridade.
Os indicadores apontam, segundo o gestor, que o petróleo em questão possui características muito positivas, comparáveis ao da Venezuela, Guiana e Suriname, provenientes de bacias de altíssima qualidade petrolífera. Alguns técnicos chegam a se referir a esse petróleo como "petróleo verde", devido ao seu comportamento ao ser queimado, liberando uma quantidade menor de blocos de carbono.
“Vai ser mais uma matriz econômica diferente que, feita com toda a racionalidade, com todos os dados e critérios ambientais rigorosos que são, porque a extração de petróleo é uma das atividades mais reguladas do planeta. Ela vai produzir um novo tipo de matriz econômica que, somado ao financiamento de outras cadeias produtivas, vai nos ajudar, inclusive, a manter a floresta em pé e viva para sempre”, explicou o governador.
Sobre a COP-30, Clécio Luís ressaltou a parceria com o governador do Pará, Helder Barbalho, dada a proximidade geográfica e cultural. O governador destacou que a atenção gerada por essa COP será única, pois o evento ocorrerá em um ambiente essencial para a discussão sobre mudanças climáticas: a Amazônia.
Finalizando a entrevista, o governador comentou sobre a PEC da Segurança Pública, que visa criar um sistema único tal como a da saúde (SUS), para arrecadar recursos e fortalecer estratégias de combate à violência e grupos criminosos. Para Clécio, a única objeção na proposta é que os estados devem permanecer com autonomia em relação às suas estratégias locais sem que haja a sobreposição de atribuições.
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