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Fé, resistência e cultura marcam o Festival de Iemanjá 2025 em Macapá

A 19ª edição do evento reuniu centenas de fieis e simpatizantes na orla do bairro Cidade Nova, reforçando a importância das religiões de matriz africana no Amapá.

Por Karla Marques
03/02/2025 11h30
O tradicional ritual de oferendas às margens do rio Amazonas, marca um momento de grande emoção e devoção a Iemanjá

A orla do bairro Cidade Nova, em Macapá, foi palco do Festival de Iemanjá 2025 que celebrou a Rainha do Mar, no domingo, 2. Sob o tema "Tributo à Grande Mãe", o evento reuniu integrantes de 87 casas de religiões de matriz africana, além de simpatizantes e visitantes, em um grande ato de fé e resistência cultural. 

Promovido pela Federação de Cultos Afro-religiosos de Umbanda e Mina Nagô (Fecarumina), com incentivo do Governo do Estado, o festival reforçou a valorização da diversidade religiosa e o combate à intolerância. A programação teve início no final da tarde com o acolhimento das casas participantes e uma programação repleta de cânticos e danças em homenagem a Iemanjá. 

A 19ª edição do evento reforça a importância das religiões de matriz africana no Amapá

O ponto alto da festividade, apoiada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), foi o tradicional ritual de oferendas às margens do rio Amazonas, um momento de grande emoção e devoção, no qual barcos decorados com flores, frutas e presentes foram lançados às águas.

Mãe Iolete Nunes, presidente da Fecarumina

"Para nós é muito significativo poder estar realizando a 19ª edição do Festival de Iemanjá. Nós só temos a agradecer ao Governo, que nos deu todo o apoio e suporte para que este evento acontecesse este ano. Esse é um momento de muita emoção para nós. Mãe Iemanjá é o ar que eu respiro, é nossa mãe e de todos os orixás”, celebrou a Mãe Iolete Nunes, presidente da Fecarumina. 

A diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, também ressaltou a importância do festival como uma conquista das comunidades de terreiro e um símbolo de resistência.

Diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos

"Esse é um projeto da sociedade civil que foi abraçado pelo governador Clécio Luís dentro do seu projeto de governo. Ele fortalece as políticas públicas afirmativas com equidade racial, garantindo espaço e respeito ao povo de terreiro, às comunidades tradicionais de matriz africana e a todos os santos. Além disso, o Governo do Estado está à frente da implementação de políticas públicas voltadas para esses povos, criando projetos e promovendo eventos como este”, ressaltou a diretora-presidente. 

O festival foi realizado, pela primeira vez, em seis municípios do estado como Macapá, Santana, Mazagão, Calçoene, Oiapoque e Laranjal do Jari. A secretária de Estado da Cultura, Clícia Vieira Di Miceli, destacou a importância dessa expansão e revelou planos para 2026. 

Secretária de Estado da Cultura, Clícia Vieira Di Miceli

"No próximo sábado, será a vez de Laranjal do Jari receber o evento. A intenção é que, em 2026, possamos levar essa programação para os 16 municípios do Amapá, ampliando ainda mais essa celebração da cultura e da fé”, pontuou a gestora.

Festividade de Iemanjá

A festividade de Iemanjá é uma das mais importantes celebrações religiosas de matriz africana no Brasil. A orixá, considerada a Rainha do Mar, tem origem na cultura iorubá e foi trazida ao Brasil pelos africanos escravizados. 

A celebração começou no início do século XX, principalmente na Bahia, com pescadores que faziam oferendas pedindo proteção. Com o tempo, a festa se expandiu e hoje acontece em várias partes do país, celebrada em 2 de fevereiro. Os rituais incluem procissões, cânticos, danças e oferendas de flores, perfumes e objetos lançados ao mar ou aos rios. 

Além de um ato de fé, a festividade representa a resistência e valorização das religiões afro-brasileiras, promovendo cultura, diversidade e inclusão.

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ÁREA: Cultura