Governo do Amapá promove encontro pedagógico do Sistema Modular de Ensino para fortalecer a educação em comunidades mais distantes
Evento reuniu cerca de 560 professores para debater desafios do ensino modular e destacar a importância da saúde mental dos educadores.
![Crédito: Luan Macêdo](/midias/2025/medias/20250205181537-GC00028950-F00068809.webp)
O Governo do Estado realizou nesta quarta-feira,5, no Sebrae, o Encontro Pedagógico do Sistema Modular de Ensino (Some). O evento reuniu 560 profissionais da educação que trabalham na área, sendo 380 do ensino fundamental e 180 que atuam no ensino médio e que atendem as comunidades mais distantes do Amapá.
Na programação, foram debatidos os desafios e avanços da modalidade em comunidades ribeirinhas, do campo e das florestas. O evento promoveu trocas de experiências, reflexões sobre o ensino modular e palestras voltadas ao aprimoramento da prática docente.
Atualmente, o Some atende 72 escolas em 15 municípios do estado. A coordenadora pedagógica do programa, Analéia Nascimento, destacou a importância do encontro para fortalecer o trabalho dos professores e melhorar a qualidade do ensino ofertado pelo sistema.
"É o momento em que as unidades dos ensinos fundamental e médio se encontram para debater a educação ofertada através desse sistema, que há 40 anos tem promovido a igualdade de acesso e permanência dos alunos na educação básica", afirmou Analéia.
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A iniciativa buscou capacitar a atuação dos professores que trabalham no sistema de rodízio, proporcionando momentos de treinamento, acolhimento e troca de saberes. Além de debater metodologias e desafios da educação em áreas remotas, o encontro teve como foco a valorização dos docentes e a promoção de estratégias para melhorar o ensino oferecido aos estudantes do Some.
Entre os destaques da programação, a pedagoga e especialista em gestão, Antonina Oliveira, ministrou a palestra "Vida Modular, Emoções Reais: Como Manter a Saúde Mental e o Bem-Estar Longe de Casa". A atividade iniciou com um momento de relaxamento e trouxe reflexões sobre estratégias para o equilíbrio emocional dos professores, que atuam no sistema de rodízio muitas vezes afastados de suas famílias durante o período letivo.
Já a professora Raimunda Kelly Gomes apresentou os resultados de uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap) em parceria com a comunidade escolar do Some. O estudo, desenvolvido dentro do projeto Escola do Campo da Família, analisou a infraestrutura das escolas e o impacto do trabalho dos professores no ensino das comunidades ribeirinhas e nas escolas do campo. O levantamento trouxe dados sobre os desafios enfrentados por docentes e alunos, apontando caminhos para fortalecer o ensino modular e garantir melhores condições de aprendizagem.
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Em sua fala, Analéia ressalta que um dos pontos centrais observado foi a preocupação com a saúde mental dos docentes, especialmente no contexto pós-pandemia. Segundo ela, muitos professores do ensino modular enfrentam desafios emocionais devido ao afastamento prolongado de suas famílias e da cidade onde vivem, o que pode impactar seu bem-estar e desempenho profissional. Ela ressaltou que esses educadores também assumem papéis de psicólogos e responsáveis pelos alunos, tornando essencial o suporte institucional para continuarem desempenhando suas funções com qualidade.
“Agradeço a Secretaria de Estado da Educação por ter esse olhar atento para que os nossos professores se sintam acolhidos e apoiados. Eles já são senhores e senhoras de uma certa idade, então, mais do que nunca, precisam desse cuidado. Sem esse suporte, eles acabam se sentindo excluídos, e isso afeta diretamente o trabalho que realizam nas comunidades”, enfatizou Analéia.
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O coordenador de Educação Básica e Profissional, Cleiberton Souza, esteve no debate representando a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e reforçou a importância do trabalho dos educadores do Sistema Modular de Ensino, além de parabenizar o compromisso da categoria.
"Cada professor se dedica intensamente para levar educação às comunidades mais isoladas, muitas vezes sem que a sociedade conheça essa realidade. Esse encontro é uma oportunidade de reconhecer e fortalecer esse trabalho essencial", destacou o Cleiberton.
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