Força-tarefa do Governo do Amapá monitora impactos ambientais e elabora plano de ações sobre rompimento de barreira de garimpo ilegal no Rio Cupixi
Órgãos da esfera estadual e federal se reuniram para nortear estratégias conjuntas e contínuas de proteção da bacia hidrográfica atingida.
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A força-tarefa montada pelo Governo do Amapá para monitorar a qualidade da água e do pescado, em resposta ao rompimento de barreira que ocorreu no garimpo ilegal que atingiu o Rio Cupixi, reúne com órgãos estaduais e federais em um esforço conjunto para reduzir os impactos ambientais na região, assistir às comunidades impactadas e planejar ações de prevenção a futuros desastres.
O Comitê de Crise e Respostas Rápidas, criado para gerenciar a situação, delineou um Plano de Ação que inclui o monitoramento contínuo da bacia hidrográfica, que abrange os municípios de Pedra Branca do Amapari, Porto Grande e Ferreira Gomes, a fiscalização de barragens e barreiras de contenção nos 16 municípios do estado, e o apoio às famílias ribeirinhas que dependem do rio para subsistência.
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“Estamos trabalhando para identificar a extensão dos danos ambientais, responsabilizar os culpados e, principalmente, assistir às populações afetadas. É de grande importância que atuemos com ações imediatas e com planejamento estratégico de longo prazo. O Governo do Amapá continua acompanhando a situação para que a população não seja mais afetada por isso”, afirmou a secretária de Estado do Meio Ambiente (Sema), Taisa Mendonça.
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O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, junto com a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), realiza vistorias nas áreas de barragens e presta auxílio humanitário às famílias afetadas. As ações de fiscalização e assistência devem continuar pelos próximos 30 dias, até que um diagnóstico completo do desastre seja concluído.
A Defesa Civil Nacional destacou a importância de medidas emergenciais para as comunidades que dependem da pesca. O órgão atua como ponto focal do Governo Federal, articulando apoio técnico e financeiro ao Estado do Amapá.
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“Estamos elaborando planos de assistência humanitária e buscando recursos para apoiar as primeiras respostas ao desastre”, afirmou a coordenadora de Articulação para Gestão de Desastres da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MDR), Pamela Fonseca.
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) enviou técnicos e uma aeronave para realizar um levantamento detalhado da área afetada.
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“Nosso objetivo é amenizar os impactos ambientais o mais rápido possível. Atuamos em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente para inspecionar áreas de garimpo e barragens, para evitar novos incidentes”, ressaltou o superintendente do Ibama, Bernardino Figueiredo.
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) também integra a força-tarefa, compartilhando expertise adquirida em ocorrências como as de Mariana e Brumadinho. A agência colabora na definição de pontos de monitoramento e análise da qualidade da água.
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“Vamos ajudar a identificar o que fazer, como fazer e onde atuar para garantir a segurança hídrica da região”, explicou Maurrem Ramon Vieira, coordenador da ANA.
Participação multissetorial
A reunião que definiu o Plano Estadual de Monitoramento e Análise da Água e do Pescado em Situações de Emergência contou com a participação de diversos órgãos, incluindo os Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde, a Secretaria de Estado da Mineração, a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), o Instituto de Pesquisa do Amapá (Iepa), a Agência Reguladora do Amapá (Arsap), a Defesa Civil Estadual e Nacional, a ANA e o Ibama.
A colaboração entre essas instituições visa garantir uma resposta eficaz ao desastre e a implementação de medidas preventivas para evitar futuros incidentes. A força-tarefa representa um esforço coordenado para enfrentar os desafios ambientais e sociais decorrentes do rompimento do barramento, demonstrando a importância da integração entre governos e órgãos especializados em situações de crise.
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