Defeso Seguro: operação de fiscalização já apreendeu mais de 1,4 toneladas de pescado proibido no Amapá
Como parte das ações de defesa do Governo do Estado, o Batalhão Ambiental da PM intensificou atuação para preservar os animais na época de reprodução.
![Crédito: Divulgação Polícia Militar](/midias/2025/medias/20250218124341-GC00029147-F00070585E.webp)
Com intensas fiscalizações desde o início da "Operação Defeso Seguro", no dia 26 de janeiro, o Batalhão Ambiental da Polícia Militar já apreendeu cerca de 1,4 tonelada de pescado. As ações, da força de segurança do Governo do Estado, reforçam as supervisões em portos, rodovias e feiras livres, com o objetivo de reprimir a pesca, o transporte e a comercialização de peixes que estão no período do defeso.
Na apreensão mais recente que aconteceu nesta terça-feira, 18, mais de 140 quilos de pescado foram localizados pela fiscalização dos agentes no Porto do Grego e Feira do Produtor, ambos no município de Santana e no Canal do Jandiá, em Macapá. Entre as espécies apreendidas estavam tamuatá, mapará, pirapitinga e pescada branca. Foram encontradas ainda carne de jacaré e cutia.
Nos primeiros dias da operação, a corporação apreendeu uma tonelada em áreas portuárias de Macapá e Santana, sendo no Canal do Jandiá, Igarapé das Mulheres e Porto do Grego. Nos últimos 8 dias de fevereiro, mais 432 quilos de pescado proibidos foram recolhidos.
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Na Feira do Pescado, no bairro Perpétuo Socorro, na capital, 72 quilos foram apreendidos. De acordo com o Batalhão Ambiental, no Documento de Origem do Pescado (DOP) apresentado pelo dono do produto constavam apenas 50 quilos de pirarucu, 22 quilos a menos do que o que foi retido.
Além disso, o pescado estava cortado de forma horizontal, o que contraria a portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) n° 34, que estabelece o corte da manta do pirarucu na posição vertical, para que seja mantido o tamanho mínimo da manta fresca de 1 metro e 20 centímetros. O infrator foi apresentado no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Pacoval e responderá por crime ambiental.
Em outra abordagem na Feira do Pescado, aproximadamente 160 quilos de pescada branca, distribuídos em 4 sacas foram confiscados pelos policiais militares. O responsável pelo material não foi localizado.
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Em Santana, na feira do bairro Provedor durante as fiscalizações, os agentes apreenderam aproximadamente 60 quilos de peixes das espécies: traíra, tamuatá e pirapitinga. Os animais estavam dentro de uma cuba que foi abandonada no local. O dono não foi encontrado.
Espécies protegidas
O período de defeso, também chamado de "piracema" na Região Norte, serve para preservação dos animais que entram na época de reprodução. No Amapá o período iniciou no dia de 15 de novembro de 2024 e encerra no dia 31 de março deste ano. Em caso de infrações, além da apreensão do pescado os responsáveis podem ser multas e responder por crime ambiental.
Durante os quatro meses de suspensão, as espécies protegidas se reproduzem em igarapés e rios como Araguari, Flexal, Cassiporé, Calçoene, Cunani, Uaçá, Amazonas e afluentes. Está proibida a captura dos seguintes peixes:
- Aracu
- Piau
- Curimatã
- Jeju
- Pacu
- Traíra
- Tambaqui
- Tamoatá
- Apaiarí
- Pirapitinga
- Piranha
- Anujá (Cachorro de Padre)
- Branquinha
- Matrinxã
- Mapará
- Sardinha
- Aruanã
- Pescada-branca
- Curupeté
- Cumaru
- Trairão
- Pirapema
Seguro Defeso
Para não ficarem desassistidos no período da piracema, pescadores profissionais artesanais recebem o Seguro Desemprego do Pescador Artesanal (Seguro Defeso), no valor de um salário mínimo mensal por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de acordo com a Lei Federal n° 10.779, de 25 de novembro de 2003.
Para adquirir o benefício, é necessário que o pescador profissional esteja no Registro Geral de Pesca há pelo menos um ano, que exerça a atividade de forma ininterrupta e não tenha outro tipo de renda.
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