Em Oiapoque, Governo do Amapá apresenta medidas de prevenção a pragas em plantações de mandioca durante Conselho de Caciques
Órgãos e secretarias relataram aos líderes indígenas as ações das esferas estaduais e federais para reduzir impactos da praga. Até setembro de 2025, o estado terá material para aproximadamente 480 hectares de cultivo de mandioca.
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Setores ligados à cadeia produtiva da agricultura familiar do Governo do Amapá participaram de reunião com o Conselho de Caciques de Oiapoque, nesta quarta-feira, 19. Com cerca de 60 lideranças indígenas, foram apresentados projetos e benefícios estaduais e federais oferecidos aos indígenas e tratativas de defesa fitossanitária contra a praga 'Rhizoctonia theobromae', conhecida como “vassoura de bruxa” da mandioca.
O Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) divulgou os programas oferecidos e as atividades de combate à praga, detectada em julho de 2024, em aldeias de cinco municípios do estado. Além disso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) informou que até setembro de 2025 o estado terá material para aproximadamente 480 hectares de cultivo de mandioca.
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"Estamos trabalhando em equipe, o estado não mede esforços para garantir a assistência a todos os agricultores, em especial às aldeias onde os focos da praga foram identificados. É um trabalho extenso, executado por órgãos públicos estaduais e federais para eliminação da Vassoura de Bruxa da Mandioca", explicou o diretor-presidente do Rurap, Jorge Rafael.
No encontro, o Rurap pontuou as ações de combate realizadas após a confirmação da doença, como a instalação de barreiras sanitárias, estufas de limpeza e multiplicação de manivas e a distribuição do manual de procedimentos oferecidos pelo Governo do Amapá, com edições em línguas indígenas e em português, abordando de forma didática as medidas que reduzem os riscos de contaminação.
Jorge Rafael relatou, ainda, que foram realizados mais de 750 atendimentos ao público e assistência técnica e extensão rural (Ater), além dos cadastros de famílias inseridos no Sistema de Gerenciamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (SIGATER) e a emissão Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF).
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No encontro, o Rurap anunciou a contratação de 10 agentes Sociambientais Indígenas do Oiapoque (Agamin), que atuarão com agentes de Extensão Rural por meio do Programa Ater Indígena, uma cooperação técnica firmada entre os Governos Federal e Estadual, sob gestão do Rurap e Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) para fortalecer o atendimento técnico e socioambiental às populações indígenas do estado.
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“Quando essa praga chega, ela causa impacto negativo grande, prejuízos econômicos, comprometendo a cadeia produtiva. Atualmente o Amapá está entre os estados que mais produz a Mandioca e por isso o Governo do Estado atua de forma contínua para combater essa doença e reduzir os impactos nas aldeias afetadas”, pontuou a secretária dos Povos Indígenas (Sepi), Sônia Jeanjacque.
A reunião técnica contou com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Rurap, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro), agentes ambientais indígenas (Agamin), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), e a Embrapa.
Tratativas conjuntas
Nesta semana, o Governo do Amapá e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizaram uma reunião técnica sobre “Estratégias de Prevenção da Vassoura de Bruxa da Mandioca nos Estados do Pará e Amapá”. As ações ocorreram no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), em Belém. O evento reuniu diversos órgãos ligados ao setor agrícola da Região Norte.
Base alimentar
Em Oiapoque existem três terras indígenas, a Uaçá, Juminá e Galibis, com atuação de 68 aldeias, todas atendidas pela Secretaria de Políticas Indígenas (Sepi), Rurap, Diagro e demais órgãos do Eixo Econômico do Governo do Amapá, com diversos programas e projetos.
Segundo dados do Mapa e Rurap, o aparecimento da doença iniciou no município de Calçoene, na Vila Carnot, seguindo para o Amapá, Pracuúba, Tartarugalzinho e Pedra Branca do Amapari, se expandindo para o Estado do Pará.
A mandioca está entre as plantas mais importantes para região norte por ser a base da alimentação de grande parte da população sendo o cultivo de maior importância depois do trigo, arroz, milho, batata e cevada.
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